Estudantes do curso de Medicina da USCS (Universidade Municipal de São Caetano) vivenciarão a rotina de hospitais de alta complexidade do município e da Capital a partir de janeiro. A instituição de Ensino Superior firmou convênio junto às secretarias de Saúde da cidade e do Estado para que os alunos possam atuar em cinco hospitais públicos de São Caetano e no Hospital Heliópolis, na Capital, a partir do 9º semestre de aulas.

No caso da atuação na rede de Saúde de São Caetano, a parceria foi ampliada, tendo em vista que estudantes já estagiam na rede básica. “Ela (parceria) já estava bem consolidada na atenção primária e de média complexidade e agora se expande para os complexos hospitalares”, fala o gestor do curso de Medicina da USCS – campus São Caetano, João Carlos da Silva Bizário.

A ação é chamada de internato, que corresponde a estágio supervisionado nos dois últimos anos do curso. “Eles (alunos) não deixam de atender na atenção básica, mas internam suas atividades em hospitais de maior complexidade”, explica Bizário. O convênio terá vigência de dez anos.

As atividades serão iniciadas no dia 29 de janeiro, com revezamento de turmas durante os quatro semestres que compõem o internato – 60 estudantes em cada – por 40 horas semanais. Nos primeiros seis meses da atuação, os futuros médicos passarão pelas áreas de Clínica Médica, Pediatria e Ginecologia/Obstetrícia. Até o fim dos quatro semestres, a experiência contemplará todas as especialidades atendidas nos locais.

Bizário conta que a união com o Hospital Heliópolis começou a ser construída desde o início do ano, junto à Pasta estadual de Saúde. “É um equipamento que tem proximidade com São Caetano, é de altíssima complexidade, reconhecido pela residência médica e com um fluxo de pacientes muito grande”, salienta. “Enxergamos como um local importante, uma vez que a comunidade é muita próxima da gente e existe interação da rede de Saúde de São Caetano com a do Heliópolis”, completa.

O professor ressalta que a iniciativa é “uma boa estratégia para fixação dos estudantes como médicos na região”. “A interação de ensino com a comunidade também acaba trazendo o desenvolvimento de pesquisas, treinamento das equipes, capacitação de docentes, enfim, todos ganham”, conclui.

Análise educacional chega à 3ª edição

Chega à terceira edição o livro Avaliação da Educação Escolar no Grande ABC Paulista, publicação fruto das pesquisas realizadas pelo Observatório da Educação, projeto firmado entre a USCS (Universidade Municipal de São Caetano), por meio do Inpes (Instituto de Pesquisas), e o Diário.

As obras têm como organizadores o coordenador do Observatório da Educação do Grande ABC Paulo Sérgio Garcia e o pró-reitor e diretor do Inpes, Leandro Prearo. O foco é voltado à Educação Básica das sete cidades, com o objetivo de identificar, descrever e analisar as escolas da região, buscando correlações com o desempenho dos alunos, o trabalho dos professores e gestores e a infraestrutura das instituições de ensino. A análise contida no material serve de contribuição, principalmente para as autoridades, para a compreensão da situação da Educação no Grande ABC.

Nessa terceira edição, os estudos detalham três temas: a inclusão de crianças e jovens com deficiência, a violência nas escolas e o desempenho dos alunos do Ensino Fundamental 1 em Matemática e Português, a partir de dados do Censo Escolar 2016, do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas).

O projeto Observatório da Educação tem duração de cinco anos, com edições anuais da avaliação do cenário educacional da região. Também são lançados trimestralmente cadernos especiais no Diário. O próximo será publicado no domingo, com o tema Fracasso Escolar.