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De olho no catalisador
Por Marcelo Monegato
Do Diário do Grande ABC
09/04/2008 | 07:02
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De uns tempos para cá, muito tem se comentado e debatido sobre a chamada ‘Onda Verde’ – esforço conjunto de governos, sociedades e montadoras em busca da produção de veículos cada vez menos poluentes e prejudiciais ao meio ambiente. Desde então, as palavras híbrido, etanol, elétrico, bicombustível, energia alternativa, íons de lítio, hidrogênio, entre outras, tornaram-se comuns no dia-a-dia do setor automotivo.

No entanto, o primeiro passo rumo aos carros ecologicamente corretos foi dado há alguns anos, com o surgimento do chamado conversor catalítico, mais conhecido como catalisador. Sua função? Transformar, e não filtrar, os gases nocivos expelidos pelo motor em gases inofensivos ao homem e ao ambiente.

Na mesma proporção que o catalisador é importante para a saúde de todos, ele é negligenciado pelos proprietários de veículos. Quem um dia imaginou que a perda de potência do carro tivesse alguma relação com uma peça em péssimo estado de funcionamento?

Segundo Valdecir Rebelatto, gerente de engenharia e qualidade da Mastra, diversos cuidados são necessários para preservar a saúde. “Dentro do possível, utilize sempre combustível de qualidade e boa procedência”, alerta o especialista, lembrando que a queima do combustível adulterado gera resíduos que acabam por obstruir o componente.

Outro conselho importante é não fazer o carro pegar no tranco. “Feito a partir de um suporte de cerâmica resistente a altas temperaturas, a peça pode derreter quando o carro pega no tranco, pois parte da gasolina não sofre a queima no motor, mas no catalisador, derretendo o material e inutilizando o equipamento”, explica Rebelatto.

Buracos e lombadas - Cuidado ao passar por lombadas e buracos, além de atenção redobrada com a possibilidade de o veículo estar queimando óleo, são fundamentais para dar sobrevida ao componente.

De acordo com a lei, todo carro deve sair de fábrica com catalisador e sua durabilidade deve ser, obrigatoriamente, de 80 mil quilômetros. Porém, devido a diversos fatores – como alguns mencionados anteriormente –, pode ser necessário antecipar a troca do equipamento.

É importante ficar atento na hora de substituir a peça. Existe uma diferença de catalisador para carro a gasolina e bicombustível. “A legislação para a queima de álcool é mais exigente”, revela o especialista da Mastra. “Se utilizar um catalisador para carro a gasolina em um flex, a fiscalização pode aplicar multa.”




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