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Estudo sobre própolis é útil para desenvolver remédios
Fernando Inocente
Do Diário do Grande ABC
28/06/2003 | 20:15
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A utilização da própolis no combate de diversas doenças cresce a cada dia. Por ser de origem vegetal, muitas pessoas aderem a este produto diariamente. Porém, às vezes, não ocorre o efeito esperado, pois para cada tipo de 'problema' existe uma própolis específica.

A responsável pelos estudos dessa diferenciação é a professora doutora Maria Cristina Marcucci, da Faculdade de Farmácia da Uniban (Universidade Bandeirante de São Paulo). Ela trabalha há 13 anos com a própolis e há seis desenvolve essa pesquisa na universidade.

Segundo a professora, a própolis é uma resina que as abelhas coletam das plantas. Ao ser misturada com a saliva, a cera e a terra forma esse produto de origem vegetal que serve para defendê-las de microorganismos nocivos.

Os projetos coordenados pela professora são financiados pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e, paralelamente a isso, a Fundação cedeu cinco bolsas de iniciação científica aos alunos que se destacam na instituição. O projeto é baseado na análise das duas mil amostras da própolis brasileira feitas pela professora.

Após a análise das amostras, Maria Cristina fez uma estatística e comprovou que os grupos eram diferentes. Com essa comprovação, enviou ao Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Intelectual) um pedido de patente, no qual propôs um processo de tipificação da própolis brasileira e foi aceito. “Com a patente já podemos fazer a definição correta para cada tipo de enfermidade, e isso será útil para as indústrias farmacêuticas, que poderão escolher a própolis correta para fazer seus produtos.”

Estudos com bactérias que causam infecções hospitalares também foram feitos com a própolis, e os resultados obtidos foram satisfatórios. A participação dos alunos no projeto é fundamental para a sua realização, segundo Maria Cristina, além da integração com os professores de outras unidades. “Um bom exemplo é o professor Alexandre Wolkoff, do campus ABC, que desenvolve um projeto de pesquisa com a própolis em parceria conosco”, afirmou. “Temos um projeto de fazer uma parceria entre as pesquisas e as clínicas da universidade, que atendem pessoas de baixa renda.”




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