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Carrefour poderia sair de países emergentes
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29/09/2009 | 07:00
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Na contramão do mundo, os dois principais acionistas do grupo supermercadista francês Carrefour estariam pressionando a empresa a vender seus ativos e abandonar países emergentes, como Brasil e China. A informação foi divulgada ontem pelo jornal Le Monde, em Paris, e não foi desmentida pela companhia. Na hipótese de abandonar a América Latina, um mercado no qual é líder, o Carrefour poria à venda 1.185 lojas, avaliadas em até 5 bilhões de euros.

Segundo a reportagem, a pressão pela venda dos ativos em mercados emergentes é feita pelo consórcio Blue Capital, formado pelo fundo de investimentos Colony Capital e pelo empresário Bernard Arnault, dono do grupo LVMH. Arnault é também o homem mais rico da França e o 15º do mundo. A Blue Capital detém 13,5% das ações da rede desde sua entrada no capital da empresa, em 2007.

A crise entre os dois investidores e os demais acionistas teria origem na queda de 30% das ações do grupo desde a abertura de capital, em 2007. Citando uma fonte não identificada, o Le Monde afirma que a direção e o conselho de administração do Carrefour estariam sendo alvo de pressões para abandonar a China e o Brasil. Na Ásia e na América Latina, o grupo faz 19% de sua receita. Procurado, o Carrefour informou que "não faz nenhum comentário" a respeito do teor da reportagem.




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