Política Titulo Criticada
Diadema não explica como aumentará vagas em escolas sem diminuir carga

Secretária de Educação diz que estudará alternativas quando a municipalização for instituída na cidade

Por Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
05/04/2009 | 07:00
Compartilhar notícia


A falta de informações e de reuniões com a Secretaria de Educação de Diadema provoca críticas por parte dos pais que possuem filhos nas cinco escolas que serão municipalizadas. "Não tivemos informação nenhuma, não sabemos se haverá diminuição na grade horária, se aumentarão o número de alunos nas salas. Isso foi muito malfeito", reclamou Suzana de Souza, uma das muitas mães que acham que a municipalização atrapalhará suas vidas.

Para resolver o problema, a secretária de Educação de Diadema, Lúcia Couto, diz que a partir de agora iniciará a agenda de reuniões para esclarecer as dúvidas sobre o convênio. "Fizemos reuniões enquanto traçávamos o projeto com diretores e, depois, uma rodada com as equipes para explicar como seria a transferência.Com os pais, não falamos porque esperávamos a aprovação. Agora, teremos uma elaboração do plano de trabalho. Temos 30 dias para fazer isso. Começaremos o processo de transição agora para explicar o termo de convênio", diz.

Lúcia afirma que o receio dos pais sobre as mudanças é infundado e defende que as escolas terão uma melhora considerável em pouco tempo. "Trabalhamos para diminuir o número de alunos. A jornada será ampliada nas nossas escolas, não diminuída nas escolas que ainda respondem como estaduais."

Apesar da promessa, a secretária não explica como trabalhará para diminuir o déficit de vagas - justificativa dada pela Prefeitura durante a escolha dos cinco colégios que serão municipalizados -, que atualmente ultrapassa 60% na cidade. "Agora, nas novas escolas, vamos diagnosticar o espaço ocioso. Passando essa fase, com o controle físico, pensaremos nessa reorganização, nesse horizonte. O ganho de qualidade é nossa principal meta."

SEM OMISSÃO - Lúcia negou que tenha sido omissa durante o protesto de professores na sessão da Câmara que aprovou o convênio entre a Prefeitura e o Estado, na quinta-feira. O Legislativo calcula que o prejuízo tenha chegado a R$ 15 mil na confusão. Presente na votação, a ex-secretária de Educação Licete Alerato, que trabalhou nos governos dos ex-prefeitos Gilson Menezes (PSC) e José de Filippi Júnior (PT) criticou duramente a ausência da secretária para tentar apaziguar a situação. "Fui à Câmara há 15 dias para fazer a explanação. Tive três reuniões com os vereadores, atendi o sindicato. Não tinha o que fazer no dia do confronto, até porque era um debate duro. Meu papel eu cumpri antes."




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;