Economia Titulo Balanço
Indústria da região perde
1.350 vagas em outubro

É o quarto mês seguido de redução nos postos de
trabalho do setor, aponta pesquisa feita pelo Ciesp

Por Leone Farias
do Diário
15/11/2013 | 07:00
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Divulgação


 As indústrias do Grande ABC demitiram, em outubro, 1.350 trabalhadores. Esse é o quarto mês seguido de retração no emprego nas fábricas das sete cidades. Os dados são de pesquisa do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) realizada junto às empresas associadas a essa entidade na região. O levantamento considera o saldo de vagas (diferença entre contratações e cortes) e aponta queda de 0,61% ante setembro. Com isso, as companhias industriais do Grande ABC verificam redução de 3.950 postos nos primeiros dez meses de 2013, e, nos últimos 12 meses, a eliminação de aproximadamente 6.250 vagas.

Entre as regionais, a de Santo André (que abrange empresas de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra) foi a que teve a maior perda no mês passado (1.250 vagas fechadas) e também a que registrou a maior retração neste ano: 3.400 demissões. Porém, todas as outras diretorias da entidade (São Bernardo, Diadema e São Caetano) também observam variação negativa no nível de emprego no acumulado dos primeiros dez meses de 2013.

Para representantes do empresariado e do movimento sindical, a concorrência com os importados segue colaborando para a redução dos postos de trabalho nas indústrias. “A importação ainda é problema seríssimo, por mais que o Inovar-Auto (o programa do governo federal, criado para melhorar a competitividade do setor automotivo nacional) seja visto como a salvação da lavoura. As pequenas autopeças não se beneficiam dessa política”, afirma o diretor titular da regional do Ciesp de São Bernardo, Hitoshi Hyodo. “Tivemos empresas menores com dificuldades por causa da perdas de contratos, como foi o caso da Quasar, que demitiu 100 pessoas neste ano”, disse o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Sivaldo Pereira, o <CF51>Espirro</CF>. O Inovar-Auto oferece incentivo para as produtoras de veículos que adquirem componentes brasileiros. Para Hyodo, a iniciativa não garantiu até agora que a montadora, ao comprar  componente de seu fornecedor nacional, estará comprando item que tenha peças feitas no Brasil.

O vice-diretor da regional do Ciesp de Diadema, Anuar Dequech Júnior, acrescenta que a recente apreciação da moeda norte-americana (cotada a R$ 2,32) demora a gerar reflexo favorável e, num primeiro momento, traz aumento de custos. Isso porque muitas empresas deixaram de produzir e passaram a adquirir insumos e itens acabados do Exterior. “E agora a indústria não se sente segura para voltar a produzir”, diz.




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