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Fundação Santo André demite irmão de vereador
Bruno Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
15/12/2007 | 07:15
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A Fundação Santo André demitiu quinta-feira o professor Silvio Leite, assessor da Pró-Reitoria de Administração e Planejamento e irmão do vereador de Santo André Antônio Leite (PT). Como funcionário da Fundação, coube a Sílvio transmitir a ordem do cancelamento do processo de bolsas de estudo no Colégio da Fundação, em uma ação que terminou com o fechamento de turmas da 1ª série em 2008 no colégio.

Segundo Sílvio, a demissão foi ordenada pelo reitor da Fundação, Odair Bermelho. A notícia pegou o professor de surpresa. “Foi um presente de Natal que eu não esperava”, resumiu. Ele diz que prefere não falar sobre os motivos que o levaram à demissão. “Foi muito difícil de aceitá-la. É uma situação muito constrangedora”, disse o professor.

Umas das polêmicas mais recentes da crise da Fundação envolveu Sílvio. Ele fazia parte da Comissão de Ingresso, um órgão responsável pelo vestibular da universidade e pelo concurso de bolsas de estudo do colégio. A polêmica se deu porque a reitoria impediu a prova da bolsa, alegando que não havia número mínimo de inscritos para se formar uma sala. A direção do colégio contestou a posição da reitoria, mas teve de ceder à ordem passada por Sílvio.

A seriedade da ação está no fato de que, ano que vem, por conta da não-realização da prova, não haverá turmas de primeiro ano no colégio pelo segundo ano consecutivo.

O professor preferiu não comentar a suspeita de ter sido um “bode expiatório” para a confusão. A assessoria de imprensa da Fundação informou que não divulgaria detalhes sobre a demissão do professor.

Conselho - No início de 2006, antes de trabalhar diretamente na Fundação, Silvio foi indicado pela Câmara Municipal de Santo André para ser o representante do Legislativo no Conselho Diretor da Fundação.

Em janeiro de 2007, o professor foi contratado para o cargo de confiança que ocupava na reitoria. Até julho deste ano, ele manteve as duas funções: funcionário da Fundação e representante do órgão público responsável por fiscalizar a Fundação. Sílvio não vê complicações pelo acúmulo de funções opostas. “Foi por apenas alguns meses, e eu separava as funções uma da outra”, disse o professor.




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