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Ocupação de UTI chega a 86% nas sete cidades

Ribeirão segue com 100%; secretário de Saúde do Estado fala em atender pacientes nos corredores

Por Do Diário do Grande ABC
06/03/2021 | 00:03
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DGABC


Os leitos públicos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Grande ABC destacados para atender pacientes com a Covid-19 estão com 86% da capacidade ocupada. A situação mais complicada é a de Ribeirão Pires, que manteve 100% de preenchimento ontem.

Dos 256 leitos de UTI para a Covid no Grande ABC – sem considerar Santo André, que não informou a quantidade, apenas a taxa de ocupação das redes pública e privada, atualmente em 87,6% – apenas 36 estão vazios, ou seja 220 estão com pacientes. Os números foram disponibilizados ontem pelas prefeituras.

Apesar de apenas Ribeirão estar com ocupação máxima, as demais cidades também se aproximam da mesma situação. Diadema tem 94,4% da ocupação, com apenas um leito desocupado. Mauá, com 93,33%, possui dois livres.

São Bernardo tem ocupação de 84,1%, com 127 do total de 151 leitos utilizados. São Caetano tem taxa de 77,5% de preenchimento, com 31 dos 40 sendo utilizados.

O secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, manifestou preocupação sobre um possível colapso na saúde por causa do aumento de casos. Segundo ele, três pacientes são hospitalizados a cada dois minutos em leitos de enfermaria e UTI de hospitais públicos e particulares paulistas por causa da Covid.

“Algumas unidades, infelizmente, já colapsaram”, lamentou, sem detalhar o nome e a localização dos hospitais. “Não queremos que as pessoas morram sem assistência. O mínimo que podemos dar é dignidade. Nem que a gente coloque em qualquer lugar o cilindro do oxigênio, que distribua a pessoa até mesmo nos corredores. Nós vamos garantir a assistência”, disse durante coletiva de imprensa.

“Nós vamos continuar abrindo leitos e vagas dentro dos hospitais. Abriremos em qualquer local desses hospitais, seja nos anfiteatros, seja nos laboratórios e seja nos corredores. Ah, paciente no corredor? Vai ter paciente no corredor. O que nós não queremos é paciente desassistido. Nós vamos dar oxigênio, ampliar a distribuição de respiradores, como nós já temos feito.”

Ao falar da situação, Gorinchteyn fez um apelo para que conselhos de classe chamem profissionais de saúde a serem voluntários para atuar na linha de frente. “Nós precisamos (de) ajuda, porque estamos em guerra.”

No caso de hospitalizações relacionadas ao novo coronavírus, houve aumento de 13,5% na média diária nesta semana, que chegou a 2.066 novos pacientes por dia. Em comparação a três semanas atrás, isso representa elevação de 42,4%.

São Paulo soma 2.093.924 casos e 61.064 óbitos pelo novo coronavírus. A ocupação é de 77,4% em leitos de UTI, média que é de 79,1% na Grande São Paulo. Nas enfermarias, a ocupação é de 59,6% e 66,9%, respectivamente. (com Estadão Conteúdo) 




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