Política Titulo Diadema
Ex-líder de Lauro vai às ruas pedir votos a Filippi

Alçado à Câmara pelo PSDB e com críticas ao PT, Leitão muda posição após romper com o verde

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
03/10/2020 | 00:01
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Alçado à Câmara de Diadema na legislatura passada pelo PSDB e crítico ao PT, o ex-vereador Atevaldo Leitão (hoje no PL) voltou às ruas nas eleições deste ano em raia oposta. Ex-líder do governo Lauro Michels (PV), o agora ex-tucano se aliou ao petismo e neste pleito pede votos ao ex-prefeito José de Filippi Júnior (PT).

Leitão foi aposta do PSDB de Diadema nas eleições de 2012. Naquela época, era espécie de cacique na campanha da ex-vereadora Maridite Cristóvão (PSDB) a prefeita – ela ficou em terceiro lugar. Leitão não foi eleito, mas assumiu o mandato depois de o então principal líder do tucanato, o ex-prefeito José Augusto da Silva Ramos (PSDB), que foi o mais votado na disputa a vereador, assumir a Secretaria de Saúde no governo Lauro.

A partir de então, Leitão passou a ser um dos principais defensores do governo Lauro na Câmara, chegando ao posto de líder do governo. Ajudou a costurar as principais propostas que confrontavam diretamente com o petismo, como a concessão do dos serviços de distribuição de água e saneamento na cidade à Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e a consequente extinção da Saned (Companhia de Saneamento de Diadema). Em 2016, com nova derrota eleitoral, Leitão foi alçado a secretário de Lauro (Segurança Alimentar), onde permaneceu até meados de 2018, quando rompeu com o prefeito.

Neste pleito, a aliança com Filippi não passou batida. O ex-parlamentar faz questão de falar da troca de lado. “A política é dinâmica. A gente não pode dizer que desta água não beberei. A democracia é boa por isso, porque temos o direito de escolha e isso é maravilhoso”, argumentou Leitão, que, durante a convenção do PT chegou a dizer que bebeu da água do governo Lauro e passou mal.

O ex-vereador minimiza o fato de ter criticado o petismo no passado e hoje pedir votos ao partido. “O Filippi está acima do PT. Eu não tenho obrigação de defender o PT. Isso os petistas já fazem. Mas eu defendo quem cumpre com sua palavra. E Lauro não cumpriu”, disse. Leitão alegou que o prefeito “colocou a faca no pescoço” e condicionou sua permanência no governo à saída do PSDB e filiação no PV. “Eu ia sair do PSDB quando eu quisesse, não quando ele mandasse”.  




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