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Rodovias registram um acidente com animal por dia

No ano passado, foram observados 410 episódios no Sistema Anchieta-Imigrantes

Yasmin Assagra
Diário do Grande ABC
18/01/2020 | 23:59
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Nario Barbosa/DGABC


O SAI (Sistema Anchieta-Imigrantes) registrou 410 acidentes envolvendo animais no ano passado, média de um por dia, conforme a Ecovias, concessionária responsável pelas rodovias. O número é 4% menor ao observado no mesmo período de 2018, quando foram contabilizadas 429 ocorrências do tipo. Os dados são relativos ao trecho de planalto das estradas, área que corta o Grande ABC.

De acordo com especialista, os acidentes são observados geralmente nos trechos das estradas próximos de áreas residenciais e são fruto de imprudência da população, que não zela pelos animais de estimação. Gerente de meio ambiente da concessionária SPMar, que administra os trechos Sul e Leste do Rodoanel, Alessandro Chioatto observa ainda que, além dos casos de abandono de pets, há os bichos de grande porte, como bovinos e equinos. “Por descuido dos donos, eles invadem ilegalmente a faixa de domínio da rodovia para pastar”, destaca.

O descarte irregular de resíduos às margens das rodovias também pode colaborar para a presença dos animais, segundo Chioatto. “O problema é gerado tanto pelos motoristas que circulam pelas estradas quanto pelos moradores do entorno. Esses detritos atraem animais errantes que estão em busca de alimentos”, explica.

A seção de assuntos civis do 1º Batalhão da Polícia Rodoviária ressaltou que, assim que recebe informações sobre animais nas rodovias, seja por meio de usuários ou pelas câmeras de segurança, o bicho é localizado e apreendido. Caso o acidente já tenha ocorrido, e se trate de um cachorro, polícia e Ecovias acionam a ONG (Organização Não Governamental) Cão Sem Dono, em São Paulo, para que recebam o corpo do animal. “Cada acidente é analisado para que sejam apurados os motivos da ocorrência e verificadas as possíveis medidas para que aquele fato não se repita, como colocação de telas de proteção e muretas”, observa.

Chioatto destaca que o proprietário do animal é responsável por possíveis danos materiais e morais que a presença dele nas rodovias possa causar. “Mediante a comprovação da relação, ele pode ser processado e indiciado pela polícia”, diz. O especialista ainda destaca que o motorista deve respeitar algumas normas para viagem, como o limite de velocidade, manter os faróis ligados durante dia e noite, não dirigir com sono e atentar às placas amarelas com desenho do animal cervo, que significa mais chances de travessia na pista. 




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