O número de vítimas de homicídios cresceu 25% no Grande ABC em abril deste ano em comparação com o mesmo período de 2016. Segundo estatísticas divulgadas ontem pela SSP (Secretaria da Segurança Pública) do Estado, 20 pessoas foram assassinadas no mês passado, ante 16 em abril do ano passado (confira dados ao lado).

Segundo o comandante da PM (Polícia Militar) no Grande ABC, coronel Paulo Henrique Fontoura Faria, as ocorrências, em sua maioria, refletem casos que envolvem ações de motociclistas e também integrantes do tráfico de drogas. “Dos 20 casos na região, 16 ocorreram em vias públicas, sendo que dois foram ocasionados por dívida na compra de entorpecentes, uma por agressão física, quatro no entorno de residências e o restante foram mortes executadas geralmente por dois infratores em motocicletas em vias públicas da região”, destaca.

No acumulado de janeiro a abril deste ano, o número de vítimas foi de 72 pessoas, contra 51 no primeiro quadrimestre do ano passado. A Polícia Militar afirma realizar constantes ações para reduzir o registro deste tipo de crime. “Temos intensificado a realização de ações, como a Força Metropolitana, paralelamente ao trabalho inteligente que tem colaborado para apreensão de armas de fogo na região”, explica o comandante.

Se levado em comparação os dados de cada município da região, Santo André e Mauá lideraram o número de vítimas de homicídios, com sete casos cada.

Após trabalho intensivo da Polícia Militar e equipes da GCM (Guarda Civil Municipal), o Grande ABC voltou a registrar queda no número de ocorrências de roubo e furto de veículos no mesmo mês. Segundo os dados da SSP, a região apresentou queda de 15,46% e 2,31% nos índices de abril em comparação com o mesmo período do ano passado.

“Desde o momento que intensificamos as ações em conjunto entre os municípios temos conseguido reduzir os indicadores”, avalia Faria. Ainda na avaliação do comandante, no momento, a corporação tem dedicado esforços para reduzir o indicador de roubo de carga que subiu de 24 para 35 entre abril de 2016 e o mesmo período deste ano no Grande ABC. “Se formos levar em consideração os dados de março e abril já conseguimos reduzir os índices, mas nossa meta é baixar ainda mais o registro de ocorrências do tipo”, reforça.