A professora de história Vasiliki
Tritsis Cadamuro, de 35 anos, morreu nesta segunda-feira depois de levar quatro
tiros num suposto assalto no estacionamento da escola municipal
Doutor Naoki Sumita, no Jardim Vila Formasa, na zona leste de
Sao Paulo. O suposto assalto ocorreu pouco depois das 13 horas,
quando Vasiliki deixou a sala de aula e foi até o seu carro
pegar objetos pessoais - o Polo 1.8, placas CJS 7637. Nao havia
segurança na escola nesta segunda-feira. O guarda civil metropolitano, que
deveria chegar às 15 horas, foi transferido nesta segunda-feira para o
Cemitério da 4.ª Parada. O motivo é que nao haveria aula, por
causa do feriado desta terça-feira (07).
Dois rapazes, um branco e outro negro com idades entre
17 e 20 anos, saíram pelo portao principal da escola. Eles foram
vistos por mais de quatro testemunhas, cujos nomes nao foram
revelados por motivo de segurança. Vassiliki foi atingida no
abdome, no braço e duas vezes na lateral do tórax. Um dos
projéteis, que segundo os policiais é de um revólver calibre 38,
perfurou o corpo da professora. Atingiu o volante, a maçaneta da
porta do passageiro e foi encontrado na parte de trás do carro.
Os funcionários ouviram os disparos, mas acharam que
ocorriam na rua. A assistente de diretoria, Yone Maria Dapait,
de 43 anos, disse que foi avisada por um ex-aluno que passava em
frente da escola. Ao chegar no estacionamento, viu o corpo de
Vassilik caído ao lado do carro, ainda com vida. O sargento Jair
Pereira, que atendeu o chamado, usou o carro da vítima para
levá-la ao pronto-socorro do Hospital Maternidade da Vila
Carrao. No hospital, o médico constatou que Vassilik já estava
morta.
O pai da professora, Charalambe Tritsis, discorda da
tese de assalto porque ela teve problema com alguns na semana
passada. "Acho que foi vingança de alunos com os quais ela teve
problema", afirmou Charalambe. O delegado plantonista do 41.º
Distrito Policial, Drauzio Fernandes de Souza, nao descarta
nenhuma hipótese. "Pode ter sido roubo, homicídio ou vingança"
disse Souza.