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PQU investe em tecnologia ambiental
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
10/03/2007 | 20:22
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Iniciativas pioneiras que, entre outras características, devem reduzir ainda mais o impacto ambiental de seu processo produtivo marcam o projeto de expansão da fábrica da Petroquímica União, no Pólo de Capuava, localizado parte em Mauá e parte em Santo André.

Um das ações é uma nova tecnologia, chamada flare enclausurado, que poucas petroquímicas possuem no mundo. A companhia investe R$ 20 milhões no equipamento, que deverá entrar em operação quando a atual fase do projeto de ampliação for concluída, em 2008.

Assim como os tradicionais, o novo sistema é voltado a garantir a segurança na fabricação de itens petroquímicos, ao evitar que o gás que circula pelas tubulações da unidade fabril escapem e contaminem o meio ambiente.

Os convencionais, presentes nas refinarias de petróleo e grande parte das empresas do segmento, são chamados stack flare: uma torre que contêm no alto uma chama para a queima do gás, e que quando acionada, gera ruído, fumaça e odor desagradável. O novo equipamento, pelo contrário, não possui chama externa, não gera fumaça e tem nível baixíssimo de ruído. Isso porque o cilindro é isolado e os queimadores ficam no seu interior.

A ressalva é que o tradicional não será desativado. “No entanto, a quantidade de gás que deverá ir para esse flare será menor”, disse o diretor da PQU, Cesar Barlem. Isso porque, em caso de alguma irregularidade na produção petroquímica, a nova tecnologia será acionada primeiro. Além disso, comportará o aumento de 40% na capacidade produtiva de eteno (principal item da companhia), prevista no projeto de expansão da fábrica.

Outra iniciativa prevista para dar suporte à expansão da Petroquímica União e que leva em conta a preocupação ambiental é o Aquapolo, um dos maiores projetos de reúso de água do País. Trata-se de um acordo em parceria com outras companhias de Capuava e firmado com a Sabesp – já há um pré-contrato assinado – para o fornecimento pela concessionária de 500 litros por segundo de efluente (esgoto) para tratamento e uso industrial.

O efluente virá de dutos que farão a ligação com a Estação de Tratamento de Efluentes localizada em Heliópolis, São Paulo. O custo estimado é de R$ 80 milhões. A empresa deixará de captar água do Rio Tamanduateí e não precisará mais adquirir 40 litros/segundo de água potável para misturar à do rio (que possui grande quantidade de matéria orgânica).



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