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Mercedes: melhor ano desde 1980
Eric Fujita
Do Diário do Grande ABC
12/01/2006 | 08:49
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O desempenho das exportações de ônibus e caminhões em 2005, cujas vendas cresceram 17% ante 2004, foi o principal responsável por levar a produção da DaimlerChrysler – dona da marca Mercedes-Benz – à sua melhor marca dos últimos 25 anos e incrementar o faturamento global em 20%.

Com o bom resultado das vendas externas, a empresa fechou 2005 com 53 mil veículos produzidos, número que representa um acréscimo de 8,6% em relação ao ano anterior, quando foram fabricadas 48,7 mil unidades.

Apesar do dólar baixo, principalmente no segundo semestre, a companhia contabilizou embarques de 20 mil veículos ao mercado externo, ante 17 mil em 2004 .

Com esses números, as exportações consolidaram uma participação de 40% sobre o faturamento total da montadora de São Bernardo, da ordem de R$ 9,6 bilhões. Em 2004, esse valor foi de R$ 8 bilhões – uma elevação de 20%.

A performance bem sucedida no exterior também compensou a retração de 7,76% nas vendas dentro do país. A montadora estimava comercializar 31.995 caminhões e ônibus até o final de dezembro. No ano anterior, a empresa destinou 34.688 unidades para o mercado interno. Todos esses números fazem parte do balanço anual divulgado pela Daimler Chrysler.

O desempenho mostra com clareza o atual cenário do segmento na região. Essa mesma situação acontece em outras montadoras de caminhões instaladas no Grande ABC, como a Scania e a Ford, que apostam nas exportações para compensar a queda no mercado interno.

Já a queda da Daimler no mercado interno também reflete com exatidão o que ocorre no segmento. As vendas de caminhões e ônibus recuaram 5,9% de um ano para outro, segundo a Anfavea. Caíram de 98.516 em 2004 para 92.724 no ano passado.

Renovação – O resultado positivo das exportações foi registrado por conta da renovação dos modelos da marca Mercedes-Benz, que ganhou três novas famílias de caminhões. Isso aconteceu em junho, com a chegada dos extrapesados Axor.

O lançamento de novos modelos começou em 2003, com a chegada da linha Accelo. No ano seguinte, foi a vez dos médios e semipesados Atego.

A vinda de novos produtos e a ampliação da produção na fábrica de São Bernardo consumiram investimentos de R$ 270 milhões. “Com essa nova linha de produtos e um programa contínuo de investimentos, estamos nos preparando para o futuro”, destacou o presidente da DaimlerChrysler do Brasil, Gero Herrmann.

 



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