A linguagem é universal, mas a produção é nacional. Começa na próxima terça-feira (dia 20) a primeira edição da Mostra Santo André de Música Instrumental Brasileira. Para formar a programação, os organizadores dizem ter sido guiados pelo lema “diversidade com qualidade”. O resultado é uma agenda com Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo, Bocato, Márcio Montarroyos, Quaternaglia e Yamandu Costa, entre outros nomes. Todas as apresentações têm entrada franca.

O projeto foi idealizado pelo coordenador de eventos musicais da Secretaria de Cultura da cidade, Vanderlei Lopes de Faria, mais conhecido como Lela. “É uma celebração da música instrumental brasileira, uma idéia que veio na minha cabeça há uns dois anos”, afirma.

A idéia saiu do papel e virou até dor-de-cabeça para seu criador. “Grandes músicos ficaram de fora e muita gente está brava comigo”, diz Lela. Para programar os seis dias de mostra, o orçamento foi de R$ 68,5 mil. O único patrocinador é o Banco do Brasil. A Prefeitura entra com equipamentos, funcionários e divulgação.

Todo o esforço tem um objetivo: “Solidificar a boa imagem que a região tem como celeiro de instrumentistas”. O evento conta com vários deles, como Bocato e Flávio Bala, além de músicos que estão na orquestra andreense e na Quaternaglia.

De acordo com Lela, a grande revelação desta edição é a Banda Jazz Sinfônica de Diadema (leia texto nesta página). “É um dos melhores projetos de música instrumental que surgiu no Grande ABC nos últimos anos”, diz. Em todas apresentações, os músicos poderão vender seus CDs.

A Mostra terá ainda quatro workshops, que já tinham inscrições abertas na semana passada (informações pelo tel.: 4433-0711). Os palestrantes serão Vera Figueiredo (sobre bateria), Robson Miguel (violão), Yamandu Costa (também violão) e Mestre Formiga, Dom Dimas, Paulinho Duro e Bira (percussão).

Cereja – O encerramento do evento foi confiado à Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo. A exibição será domingo, às 20h, no Teatro Municipal de Santo André.

O conjunto regido por Cyro Pereira executará dez composições. Três delas com arranjos assinados por Nelson Ayres: Zanzibar (de Edu Lobo), Milagre dos Peixes (Milton Nascimento) e Bye Bye Brasil (Roberto Menescal e Chico Buarque). Haverá ainda obras de Tom Jobim e Adoniran Barbosa, entre outros autores.