Famílias remanescentes de quilombos que vivem na comunidade Lagoa dos Campinhos, no município Amparo do São Francisco, em Sergipe, estão sofrendo ameaças de todo o tipo, inclusive de morte, por fazendeiros da região. A denúncia foi feita na semana passada pelo advogado da comunidade, Rodrigo Machado.
Segundo ele, os donos das terras também estão impedindo as famílias de pescarem na lagoa dos Campinhos e de usarem a terra ao redor, que poderia ser utilizada para o plantio de arroz. Machado diz que a lagoa pertence à União, fato confirmado pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).
O superintendente do Incra em Sergipe, Carlos Fontinele, afirmou que a Secretaria de Patrimônio da União fará a doação da lagoa à comunidade. Ele informou também que a AGU (Advocacia Geral da União) está propondo uma ação para que os fazendeiros que ocupam irregularmente a lagoa deixem o local.
O superintendente confirmou a existência de conflito entre as famílias da comunidade e os fazendeiros da região. Para resolver a situação, ele diz que o Incra iniciou o processo de demarcação do território quilombola. O trabalho de campo já foi concluído e o parecer está sendo elaborado. O documento deve ser concluído até o final de outubro.
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