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Ribeirão Pires capacita professores
Flávia Braz
Especial para o Diário do Grande ABC
04/07/2006 | 08:06
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“Queremos traumatizar.” É com esse método que o secretário de Educação de Ribeirão Pires, Francisco Zampol, pretende, a partir deste mês, mudar o rumo de sua Pasta, conseqüência da reforma administrativa e dos novos objetivos traçados pela Prefeitura.

Voltada anteriormente para a parte de infra-estrutura – construção e manutenção de escolas e creches – a partir deste mês a Secretaria de Educação migrará os investimentos na capacitação de professores e dirigentes da rede pública de ensino. O objetivo? “Promover uma reflexão mais profunda junto aos dirigentes e toda a rede do magistério municipal sobre o sistema educacional. Uma análise que mostre como esse sistema anda se comportando e o que ele tem a oferecer”, responde o secretário.

Com 24 unidades escolares no município, incluindo creches e escolas de ensino fundamental, o setor em Ribeirão Pires, segundo Zampol, pode desprender-se um pouco de problemas como falta de vagas ou mesmo adesão dos alunos. O superávit de vagas que vai desde a educação infantil ao ensino médio não constitui-se, no entanto, argumento forte o suficiente para garantir Educação a todas as crianças e jovens da cidade.

O excesso de vagas, segundo o titular da Pasta, não determina a inclusão de todos. “É possível que haja crianças fora da escola por conta da falta de uma política social melhor elaborada para possibilitar a busca por alunos que, eventualmente, ainda estejam fora da escola. Mas esses são números inexpressivos”, afirma Zampol. Para ele, além da falta de conscientização de muitos pais, há ainda o problema da imigração, que afeta não apenas a Educação, mas principalmente a Saúde do município.

As melhorias feitas nas escolas e nos hospitais, diz ele, atraem pessoas de outras cidades da região, fato que pode explicar a enorme fila de espera no único hospital público de Ribeirão.

No caso da área de Educação, Zampol afirma que a situação é menos calamitante, já que moradores têm preferências na hora de matricular seus filhos. Neste caso, apenas as escolas que se localizam nas divisas do município registram essa realidade. “O grande problema em afirmar seguramente que não há mais crianças fora das creches está na imigração. Não tenho controle sobre isso. O número de nascimentos está decrescendo, mas a população está aumentando” diz.
 
Transição – Para o secretário, a transição entre a concepção física e o âmbito pedagógico não representará um problema para a Pasta. “O planejamento está bem feito. Já fazíamos as duas coisas caminharem juntas. Além disso, os recursos decorrentes da aplicação obrigatória do orçamento (25%) na Educação permitem que se faça rapidamente”, avalia.

Para implementar o projeto de capacitação voltado para professores e dirigentes, a secretaria está prestes a lançar o segundo Seminário de Educação. Sob o tema Afetividade e Qualidade na Era do Conhecimento: Uma missão possível, o objetivo, segundo funcionários da Pasta, é atingir a excelência na qualidade do ensino público.

“É aí que nós (secretaria) entramos. Precisamos provocar, criar condições materiais para que essas pessoas também passem por um processo de reciclagem e capacitação dentro desses novos parâmetros”, afirma Zampol. O seminário, destinado a profissionais de educação de Ribeirão Pires e de Rio Grande da Serra, será realizado de terça-feira a quinta-feira.
(Supervisão de Lola Nicolás)



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