A retirada das árvores resultaria no plantio de aproximadamente o dobro da área desmatada, em cumprimento à legislação ambiental. A desapropriação seria resolvida por meio de cessão de áreas próximas ao local onde cada família reside ou indenização, de acordo com o consultor da Coordenadoria de Gestão Ambiental da Dersa, Luiz Saragiotto.
“Ainda não estamos na fase de projeto executivo, que irá definir, sem sombra de dúvidas, todas essas questões (desmatamento e desapropriação). O Consema e a secretaria podem oferecer sugestões à proposta ou vetar o traçado”, disse Saragiotto.
O rodoanel teve entregue até agora apenas dois subtrechos do trecho Oeste. O projeto todo prevê a interligação de dez rodovias estaduais e federais que chegam à Região Metropolitana de São Paulo, para desafogar o tráfego no local e facilitar o escoamento da produção. A nova rodovia terá 130 metros de largura e três faixas em cada sentido – nas proximidades da Imigrantes, em São Bernardo, terá quatro faixas por sentido.
Inteiramente em área de proteção aos mananciais, o trecho Sul da obra tem 52 quilômetros de extensão e está dividido em três subtrechos. O primeiro, com 16 quilômetros, começa na avenida Papa João XXIII, em Mauá, e termina na rodovia dos Imigrantes. O segundo subtrecho possui 14 quilômetros e vai até a estrada de Parelheiros, em São Paulo. O terceiro, mais longo, com 22 quilômetros, vai até a rodovia Régis Bittencourt.
Em Mauá, irá passar ao Sul dos jardins Itapeva, Planalto e Esperança. Em Ribeirão, junto à estrada dos Fernandes – irá também cruzar a estrada do Sapopemba.
Seis possibilidades de traçado foram estudadas para o trecho, devido à presença do Parque do Pedroso na rota da obra – a opção enviada para aprovação prevê o corte ao Sul do parque, em área onde existem favelas. Em São Bernardo, vários loteamentos serão atravessados pelo rodoanel, como Jardim Represa (leia reportagem nesta página), e Jardim Marco Pólo. O Dersa estima que a ADA (Área Diretamente Afetada) pela obra no município compreenda 19,2 mil pessoas.
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