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Alta da inflação está ligada ao preço do ferro, diz FGV
Por Da ABr
15/06/2010 | 07:07
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As variações de preços do minério de ferro influenciam a inflação, ao contrário do que afirmou na sexta-feira o presidente da mineradora Vale, Roger Agnelli, questionando a metodologia utilizada para o cálculo do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), segundo nota técnica divulgada ontem pelo Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). O IGP-M tem três componentes que são o IPA-M (Índice de Preços ao Produtor Amplo), cujo peso no índice final é de 60%; o IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor), com peso de 30%; e o INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção), peso de 10%.

A nota técnica assegura que "é no IPA-M que estão retratados os movimentos de preços do minério de ferro. O impacto da variação de preço do minério de ferro, e de qualquer outro produto integrante do IPA-M, resulta da combinação do percentual de elevação (ou redução) deste item com o seu peso no índice. É conhecida por todos a magnitude da recente elevação do preço do minério de ferro. O que tem suscitado dúvida é o procedimento usado para ponderar os integrantes do IPA-M, o minério de ferro em particular".

O IGP-M subiu 2,21% na primeira prévia de junho, revelando expansão de 3,14% no IPA-M, onde os produtos industriais tiveram alta de 4,16%. De acordo com a análise da FGV, uma das maiores contribuições para a aceleração da inflação no grupo matérias-primas brutas foi o minério de ferro, que saiu de deflação de 2,67% para elevação de 75,25%.

Segundo os economistas do Ibre, o IPA-M reflete as variações médias dos preços obtidos pelos produtores domésticos na operação de comercialização de seus produtos.

Sua ponderação é feita com base nas contas nacionais e nas pesquisas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) relativas aos setores agropecuário e industrial. A média trienal do valor das vendas do minério de ferro serve de base para o cálculo do peso do produto, "à semelhança dos demais produtos industriais", esclarece a nota.




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