Denunciar problemas com empresas que prestam serviço de telefonia, internet ou TV na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) pode não ser a forma mais rápida para chegar à solução. O órgão afirmou que não resolve casos individuais. Procurar o Procon pode agilizar o processo ou gerar base para futura briga judicial.

No entanto, a Anatel orienta que os consumidores relatem ao órgão os problemas. E explicou que toma medidas corretivas para os principais problemas identificados pela agência no universo de reclamações.

Nesta semana, uma moradora de Mauá, que preferiu não se identificar, teve problemas com a Claro TV, antiga Via Embratel. Durante um mês ela teve apenas parte do serviço contratado. A consumidora ligou, diariamente durante um mês, para a Anatel, que cadastrou sua queixa mas não resolveu o problema. Os atendentes da agência orientavam a mauaense a reiterar a queixa no dia seguinte.

O órgão explicou que "as reclamações de usuários que exigem providências ou esclarecimentos das prestadoras são a elas encaminhadas para a adoção, de imediato, das providências cabíveis". O problema da consumidora foi resolvido apenas na sexta-feira, tendo em vista que a Claro TV ofereceu contraproposta que agradou-a. Isso só ocorreu após a equipe do  Diário questionar o caso à operadora.

O advogado especialista em Direito do Consumidor Alexandro Guirão disse que é importante protocolar denúncia do Procon. "Se a situação chegar à Justiça, os documentos e informações providenciadas pelo órgão servirão como base para a defesa do consumidor."

A Anatel informou que registrou apenas 789 reclamações de não cumprimento de oferta de pacote de canais.