Os 435 juízes catarinenses, entre ativos e inativos, vao ter direito à auxílio-moradia entre R$ 1,6 mil (juiz-substituto) e R$ 2,25 mil (desembargadores), brutos. A decisao foi tomada quarta-feira, pelo Pleno do Tribunal de Justiça de Santa Catarina por unanimidade. O benefício nao será retroativo ao mês de dezembro, quando os deputados estaduais passaram a receber a verba.

Segundo o presidente da Associaçao dos Magistrados de Santa Catarina, juiz Rodrigo Tolentino de Carvalho Colaço, a concessao do auxílio-moradia "amenizou a situaçao", uma vez que os juízes ameaçam fazer greve em funçao dos "baixíssímos salários". Um juiz-substituto em início de carreira recebe R$ 2 9 mil. "Mas ainda assim mantemos a reinvindicaçao de fixaçao do teto com a finalidade de reordenar e moralizar a remuneraçao do serviço público", completou Colaço.

Um desembargador receberá R$ 2.250 de auxílio-moradia, o juiz-entrância especial R$ 2.025, juiz-entrância final R$ 1.923 75, juiz-entrância intermediária R$ 1.827,45, juiz-entrância inicial R$ 1.736,10 e juiz-substituto R$ 1.649,48. A folha de pagamento do Judiciário, que em fevereiro ficou em R$ 3.380.884 44, sofrerá um acréscimo de mensal a partir de março de R$ 844.586,10, percentual de 24,98%.