"A particularidade deste vírus, do tipo 'worm', é que, para se propagar, ele precisa apenas que o arquivo infectado esteja ativado (pelo usuário), o que torna sua propagação muito mais rápida que a dos worms clássicos", explicou Zenkin. Os computadores dos colaboradores do Laboratório foram infectados.
O ataque do vírus Sasser é o terceiro no ano, depois do Mydoom.A, em janeiro, e do Bagle.B, em fevereiro. A AFP (Agência France Press) foi vítima do Sasser, que prejudicou suas comunicações por satélite entre as 13h20min e as 18h45min de Brasília. A agência tomou uma série de medidas para interromper o ataque e oferecer aos clientes outras formas de recepção de seu material, como a Internet.
O Sasser aproveitou uma falha apontada no último dia 14 pela Microsoft em várias versões do Windows, mas teve até o momento uma propagação limitada, segundo um executivo da gigante da informática. "Parece exagerado dizer que milhões de computadores foram infectados", indicou o diretor-técnico da Microsoft France Bernard Ourghanlian.
O diretor admitiu que, após um início bastante lento de sábado, o vírus, que pode afetar um computador diretamente se ele estiver conectado à Internet, e não através do correio eletrônico, propagou-se rapidamente neste domingo.
A firma finlandesa F-Secure, especializada em segurança na Internet, alerta desde a noite de sábado para a rapidez de propagação do vírus, que, segundo a própria, já pode ter infectado milhões de computadores em todo o mundo.
"Estamos registrando vários ataques por minuto nas máquinas desprotegidas conectadas à rede para vigiar a atividade viral", destacou Ourghanlian, acrescentando que a França, como vários países do sudeste asiático, parecia especialmente afetada. "Temos esperança de que a propagação deste vírus seja limitada, graças às medidas de precaução tomadas (...) É impossível determinar a extensão do vírus ou o tamanho do prejuízo que terá causado", disse, acrescentando que "muitas empresas nunca confessam que foram infectadas".
O site da editora americana de antivírus Symantec falava em um número reduzido de computadores infectados: entre 50 e 999 ontem e entre 0 e 49 esta tarde.
A cada semana, surgem dezenas de vírus criados por hackers com o objetivo de denunciar falhas no sistemas, e por profissionais que lucram com seus ataques, revendendo, por exemplo, listas de computadores infectados a sociedades especializadas no envio de spam.
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