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Câmara tem clima amenizado após tumulto
Por Felipe Siqueira
Especial para o Diário
01/05/2017 | 07:00
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Pouco mais de um mês depois da polêmica sessão da votação sobre redução de subsídios dos vereadores de Ribeirão Pires, na qual houve tumulto generalizado e que, inclusive, o presidente da Câmara, Rubens Fernandes, o Rubão (PSD), foi agredido – com tapa no rosto – por um munícipe, o clima no Legislativo parece ter voltado à sua normalidade. Ao menos, há tentativa entre os colegas de ‘passar borracha’ no episódio.

No dia 16 de março, entrou em apreciação projeto de lei do vereador Amaury Dias (PV), tendo apoio de Amigão D’Orto (PTC), que pretendia diminuir os salários dos parlamentares de R$ 10.071,17 para R$ 2.298, piso nacional dos professores. Durante a discussão da matéria, com Casa cheia, o presidente da Câmara não gostou da colocação de pessoas que estavam no plenário, acompanhando a sessão.

Leandro Majerele, candidato a vereador em 2016 pelo PRTB, estava entre os que protestavam à mesa diretora. Rubão se ofendeu com um de seus comentários na oportunidade e alegou que Majerele tinha sido acusado de bater na mulher. Irritado, o ex-postulante foi em direção ao pessedista, cruzou o plenário, adentrou a área destinada aos parlamentares e deu um tapa no rosto de Rubão, que, em reação, tentou pular a mesa da presidência, mas foi impedido pelos colegas.

Após o ocorrido, todos os vereadores foram à Delegacia da cidade, e, no retorno ao Legislativo, reabriram a sessão. A plenária chegou a ser questionada, uma vez que o presidente havia interrompido os trabalhos para que fossem prestar queixa da situação, mas, segundo Rubão, a sessão foi válida e não existe razão para ser revisto o resultado. “Nós reunimos os vereadores. O passado já passou, como diria o ditado. Todos queriam voltar para terminar a sessão, pedimos respaldo do jurídico da Câmara e, com a assinatura de todos os vereadores (voltamos à sessão)”, justificou o dirigente. Na votação, o projeto foi rejeitado por 15 votos a dois.

Autor do texto da queda nos contracheques dos parlamentares, Amaury admitiu ter ficado “bem chateado” com o episódio, e que ainda não está feliz com o saldo, porém alegou já ter aceitado. “É caso superado. Teve a votação. Infelizmente, não foi o resultado que queríamos. Não estamos felizes, mas tranquilos, pois fizemos o nosso melhor. Compramos uma briga, que a gente tinha que comprar. Estou chateado, ainda mais do modo como terminou. É bola para a frente”, disse o verde. Amigão pontuou também que o clima “está totalmente” amenizado.




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