Brunerie apontou uma espingarda para Chirac no momento em que o presidente se aproximava da Tribuna de onde assistiria ao desfile, nas proximidades do Arco do Triunfo. O militante chegou a disparar um tiro, mas foi detido por pessoas presentes no evento. "Um espectador, logo depois do primeiro disparo, segurou o cano da arma e apontou-a para o alto, enquanto outras três pessoas ajudaram a controlar o atirador", contou o ministro francês do Interior, Nicolas Sarkozy

O jovem admitiu que sua intenção era atirar em Chirac e, em seguida, suicidar-se. Um porta-voz da polícia parisiense afirmou que Brunieri era conhecido por pertencer a movimentos neonazistas e hooligans.

A espingarda utilizada por ele estava escondida em uma capa de guitarra. De acordo com o ministro, o militante tinha cinco cartuchos no carregador de sua arma. Sarkozy informou ainda que Brunieri estava "a uns 150 metros" do presidente quando atirou. "Dois agentes da polícia, à paisana, chegaram para controlar o sujeito e colocá-lo no chão. Minutos mais tarde, três membros da brigada antidistúrbios o renderam", acrescentou.

Esta não foi a primeira tentativa de ataque a presidentes franceses. Ainda no século passado, em 1894, Sadi Carnot foi assassinado em Lyon pelo anarquista italiano identificado como Caserio. Já em 1932, Paul Doumer foi morto por um emigrante russo. Antes deste domingo, o atentado mais recente havia sido o de 14 de agosto de 1964, quando uma bomba foi colocada na residência do presidente De Gaulle, mas não chegou a explodir.