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Oposição colombiana multiplica esforços para conseguir votos
Da AFP
24/05/2006 | 19:52
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A oposição colombiana multiplicou nesta quarta-feira os esforços para conseguir votos nas eleições presidenciais e tentar reduzir a vantagem do presidente Alvaro Uribe, que as pesquisas apontam como provável vencedor do primeiro turno, no próximo domingo.

"Estamos muito otimistas e aumentando nossa energia, pois esperamos uma votação histórica", aposta Samuel Moreno, presidente da coalizão de esquerda Pólo Democrático, cujo candidato, Carlos Gaviria, aparece em segundo lugar nas pesquisas de opinião.

Os estudos apontam uma cômoda vitória de Uribe, entre 54% e 61% dos votos, e também mostram um aumento da popularidade de Gaviria (15% a 23%), que poderia surpreender na última hora.

O terceiro candidato na disputa é o ex-ministro Horacio Serpa, do histórico partido Liberal, que pela primeira vez nos últimos 50 anos não aparece como protagonista de eleições colombianas. As pesquisas o mostram com 10% a 15% das intenções de voto.

O líder do partido Liberal, o ex-secretário da OEA (Organização dos Estados Americanos) Cesar Gaviria, minimizou nesta quarta-feira as declarações que dão o partido como derrotado. Já Samuel Moreno disse ter certeza de que será o candidato da esquerda o adversário de Uribe no segundo turno.

As pesquisas indicam que a política linha dura de Uribe, que fez a segurança voltar às estradas e reduziu os índices de seqüestros e homicídios, agrada principalmente às classes alta e média das grandes cidades.

O presidente colombiano recebeu hoje o apoio do colega da Venezuela, Hugo Chávez, que o chamou de "bom amigo" e "homem de coragem". Já a principal guerrilha do país, as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), pediram o voto "em qualquer outro candidato", e alertaram que a luta armada irá se intensificar se Uribe governar por mais quatro anos.

Uribe, um advogado de 53 anos, chegou ao poder se concentrando na solução militar para o conflito de mais de 40 anos, embora nas últimas semanas não tenha descartado a possibilidade de dialogar com as Farc em um segundo mandato, como está fazendo com a segunda guerrilha, o guevarista ELN (Exército de Libertação Nacional).




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