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Prefeito Luiz Marinho joga fora investimento de US$ 650 mi
Por Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
22/12/2009 | 08:11
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Pak Chung - integrante do grupo de apoio do megaempresário coreano Nam-Ho Kim no Brasil - reclama da falta de interesse da Prefeitura de São Bernardo, comandada pelo petista Luiz Marinho, para que a cidade receba investimentos e melhorias de infraestrutura. Confirmados o desleixo e a inépcia na condução do processo, o município terá perdido US$ 650 milhões que o asiático estaria disposto a aplicar.

Procurada, a Prefeitura não respondeu às reclamações do representante coreano feitas ao Diário.

Numa das viagens ao Brasil, Kim assinou protocolo de intenções com Marinho, mas a parceria corre o risco de não sair do papel. Segundo interlocutor de Nam-Ho Kim, o empresário - proprietário da TRG Project (www.trg.kr) - participou do famoso projeto de revitalização do Rio Cheonggye, em Seul. O córrego foi canalizado e recebeu tratamento paisagístico em suas margens, tornando-se sucesso entre os coreanos e ponto turístico para estrangeiros.

Em São Bernardo, o coreano implementaria dois planos: um campo de golfe integrado a uma escola internacional de intercâmbio e um parque aquático na Represa Billings.

O primeiro não foi adiante porque o terreno vislumbrado por Nam-Ho Kim, de propriedade privada, próximo à Rodovia dos Imigrantes, estaria com problemas de documentação e inapto judicialmente para compra.

"Montaríamos um núcleo para a prática de golfe na região, visando à Olimpíada de 2014, que será realizada no Brasil. Esse esporte passará a ser olímpico e poderíamos disseminar a prática, tornando-nos referência na formação de atletas", explica Pak.

O segundo projeto teria parceria da Prefeitura, que investiria em melhorias no saneamento do Jardim das Oliveiras. Neste caso, sem retorno satisfatório da administração, o empresário se dispõe, segundo Pak, a arcar com as benfeitorias do próprio bolso.

"Mas também não estamos recebendo apoio para agilizar trâmites burocráticos", destaca o interlocutor. "Pedimos autorização para levar amostras de terreno para serem analisadas na Ásia, mas não conseguimos", completa.

"Há estudos para obras na localidade, feitos pelo Executivo, que estão parados na Justiça. Mas também temos planilhas que mostram a necessidade de serem feitas obras de saneamento e infraestrutura sem que qualquer cidadão seja desapropriado. Podemos recuperar o local, evitando despejo de esgoto na represa e remediar contaminação do solo", pontua Pak.

Segundo o agente do empresário coreano, Nam-Ho Kim estaria "sentido e ofendido" por conta da ausência de interesse da cidade. "Foram três visitas ao Brasil para tentar evoluir nas tratativas que não foram adiante. Em cada deslocamento são US$ 40 mil gastos", salienta Pak.

Se em São Bernardo as conversas não evoluírem - "estamos quase desistindo da proposta" - os projetos podem ser apresentados em outros municípios do Grande ABC, como Santo André, Diadema e Mauá. "A região está entre as maiores economias do País e tem potencial a ser explorado", justifica o interlocutor.




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