Esportes Titulo Série B
Emerson Leão reassume
São Caetano e fala grosso

Técnico estreia sábado, contra o Avaí, no Anacleto; durante
sua apresentação, Leão disse que não irá tolerar indisciplina

Marco Borba
do Diário do Grande ABC
31/08/2012 | 07:00
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Embora mais light na comparação com outros tempos, Emerson Leão deixou claro em sua apresentação ontem, no São Caetano, que não vai tolerar indisciplina na equipe. Garantiu também que, embora seja amigo dos dirigentes do clube - trabalhou no Azulão em 2006 -, terá autonomia na escalação. Esses dois fatores teriam resultado na queda de Sérgio Guedes.

O ex-treinador foi demitido após jejum de três jogos - duas derrotas e um empate -, mesmo tendo ficado invicto 16 partidas na Série B do Campeonato Brasileiro.

Guedes negou que sua dispensa ocorreu porque teria resistido e depois cedido à pressão de dirigentes para colocar o meia Pedro Carmona no time, o que teria desagradado ao restante do grupo. A equipe vinha bem com Marcelo Costa na posição. Coincidentemente, nos dois confrontos em que este último foi substituído por Carmona - Guarani e ASA - , o Azulão perdeu.

Os corriqueiros hábitos de três jogadores, que nos últimos tempos teriam chegado aos treinos fora de suas condições ideais de trabalhos por causa das noitadas, sem que Guedes tomasse alguma providência, também teriam pesado na decisão do clube de demiti-lo.

"Comigo é o jogador que se escala. Tem de colocar na cabeça que são profissionais e não cantores noturnos. Quem não entender não precisa ficar preocupado se não vai jogar, não vai nem treinar", ameaçou Leão.

Sobre se aceitará interferência na escalação da equipe, como ocorreu quando a diretoria do São Paulo afastou Paulo Miranda na véspera de uma partida - o zagueiro já estava concentrado com o elenco -, o treinador emendou: "Aquilo não foi ingerência, foi intervenção administrativa necessária para a época (não explicou por que), mas comigo não tem interferência. Ninguém é uma ilha. Tem de haver o diálogo. Não pode ser assim, porque pode vir um furacão e passar por cima."

Leão fez contrato com o clube até o fim do ano e diz que retornou para retribuir gentileza. "Em 2006, quando recebi convite do Corinthians, me liberaram sem empecilhos. Tive outras propostas, mas vim porque me sinto bem aqui."

Após a apresentação, o treinador comandou o primeiro coletivo e descartou mudanças substanciais já na partida diante do Avaí, amanhã, no Anacleto Campanella. Ele não poderá contar com Leandrão e Danielzinho, suspensos. O time é o quinto colocado, com 34 pontos.

Jogada aérea segue como arma da equipe na Série B

Em moda no futebol brasileiro nos últimos tempos, a bola parada, também usada por Sérgio Guedes, deverá ser uma das armas de Emerson Leão à frente do São Caetano na Série B.

Ontem, em seu primeiro treino coletivo, o treinador parou as jogadas algumas vezes para posicionar tanto atacantes quanto defensores na área. A equipe fez poucos gols de cabeça no torneio, dois deles marcados pelo zagueiro Gabriel.

Com as suspensões de Danielzinho e Leandrão, Geovane e Vandinho voltam a ter chance na equipe. Os dois entraram no segundo tempo da partida em que o Azulão foi goleado pelo ASA, em Arapiraca (Alagoas), na terça-feira, resultado que culminou na dispensa de Sérgio Guedes.

Com a nova dupla, a equipe deve ganhar mais agilidade do meio campo para a frente, já que Vandinho e Geovane são jogadores mais velozes. Nas demais posições não devem ocorrer alterações. O zagueiro Gabriel, que cumpriu suspensão diante dos alagoanos, retoma o posto de titular.




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