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Senegal se classifica na morte súbita
Por Do Diário OnLine
16/06/2002 | 06:30
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 Foto: AFP Com um gol na prorrogação, depois de um empate de 1 a 1 no tempo normal, o Senegal se classificou às quartas-de-final da Copa do Mundo de 2002. Henri Camara marcou o gol de ouro aos 11 minutos do primeiro tempo da 'morte súbita' e desclassificou a Suécia. Depois de vencer a campeã França no jogo inaugural do Mundial, Senegal já igualou o feito de Camarões, que em 1990 passou às quartas. Agora, pega o vencedor de Japão x Turquia.

As zebras acabaram fazendo um dos melhores jogos da Copa até aqui. O placar magro não reflete os lances emocionantes de uma partida que, acreditava-se, seria marcada pelo ataque quase irresponsável dos senegaleses contra a defesa fria dos suecos. Longe disso. Senegal mostrou variações táticas o tempo todo, enquanto a Suécia deixou claro que seus jogadores têm sim habilidade (falta-lhe talvez um pouco da ginga africana). Aos 5 da prorrogação, por exemplo, Anders Svensson driblou um zagueiro senegalês com um giro e chutou na trave. Um lance que certamente já entrou para a lista dos mais bonitos do Mundial.

O jogo - A Suécia assustou os senegaleses logo no início do primeiro tempo. Eficazes na marcação da saída de bola e rápidos no ataque, os europeus não demoraram a chegar ao primeiro gol. Aos 11 minutos, Larsson interceptou cruzamento de escanteio e abriu o placar.

O que se viu em seguida foi uma série de chances perdidas de lado a lado. No prejuízo, Senegal começou a pressionar, comandado por Diouf, que desequilibrou. Os africanos conseguiram empatar aos 37, com o homem que viria a ser o herói da classificação. Camara dominou na entrada da área e bateu rasteiro.

Apesar de não ter gols, o segundo tempo também foi movimentado e emocionante. A Suécia esteve muito próxima de garantir a vaga aos 36, não fosse o individualismo de Andreas Andersson, que acabara de entrar no lugar de Allback. Depois de passar por dois zagueiros — pôs a bola entre as pernas de um deles —, o atacante grandalhão resolveu chutar para o gol em vez de passar para Larsson, que estava livre.

Mas foi a prorrogação o melhor momento da partida. Em apenas 11 minutos, seguiram-se pelo menos cinco lances com chances claras de gol para as duas seleções.

Foi Camara, de novo, o homem-chave senegalês. Ele recebeu na entrada da área, passou por três zagueiros e chutou, rasteiro e de esquerda, meio sem jeito, para fazer o gol da classificação. Foi apenas a segunda decisão na história das Copas com morte súbita. A primeira aconteceu em 98, entre França e Paraguai. Os europeus levaram a melhor.

O destaque negativo, mais uma vez, foi a arbitragem. Apesar de ter anulado corretamente um gol senegalês (impedido), o paraguaio Ubaldo Aquino deixou de anotar dois pênaltis claros no primeiro tempo, aos 15 (a favor de Senegal) e aos 37 minutos (para a Suécia).

Ficha técnica
Senegal 2 x 1 Suécia (1 x 1 no tempo normal)
Estádio: Oita Stadium (Oita, Japão)
Árbitro: Ubaldo Aquino (Paraguai)
Gols: Larsson (Suécia), aos 11 do primeiro tempo; Camara (Senegal), aos 37 do segundo tempo e 11 da prorrogação
Cartões amarelos: Coly (Senegal) e Thiaw (Suécia)
Suécia:
Magnus Hedman; Olof Mellberg, Johan Mjallby, Andreas Jakobsson, Teddy Lucic; Niclas Alexandersson (Ibrahimovic), Anders Svensson, Tobias Linderoth, Magnus Svensson (Jonsson); Marcus Allback (Andreas Andersson), Henrik Larsson. Técnicos: Tommy Soderberg e Lars Lagerback
Senegal: Tony Sylva; Ferdinand Coly, Malick Diop (Beye), Aliou Cisse, Lamine Diatta, Omar Daf; Bouba Diop, Pape Thiaw, Amdy Faye; Henri Camara; El Hadji Diouf. Técnico: Bruno Metsu




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