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Carrocinha ‘limpa’ Paranapiacaba
Aline Mazzo
Do Diário do Grande ABC
30/06/2006 | 07:49
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Os muitos cachorros sem dono que vagam pelas ruas de Paranapiacaba serão recolhidos pelo Centro de Controle de Zoonoses de Santo André antes do início do Festival de Inverno, no dia 6. O pedido foi feito à Subprefeitura da Vila. E para que os animais que possuem domicílio não sejam levados por engano, uma equipe formada por agentes de saúde e ambientais e veterinários iniciou quinta-feira a identificação de cachorros domiciliados por meio da colocação de um microchip subcutâneo nos animais. A iniciativa faz parte de um programa de posse responsável na região e visa o controle populacional dos cachorros.

“A carrocinha passará por Paranapiacaba recolhendo os animais que estão nas ruas. Os que possuírem o microchip serão devolvidos aos seus donos e os que não tiverem procedência ficarão no canil”, explica o veterinário do Centro de Controle de Zoonoses de Santo André, João Francisco Colombo. Esses cachorros, segundo o especialista, ficarão disponíveis para a adoção. “Para isso, contamos com o apoio da Uipa (União Internacional de Proteção aos Animais), que fará feiras em busca de donos, que encontrarão o cão chipado, castrado e vacinado”, acredita.

Como o canil não tem espaço para muitos animais, alguns deles, certamente, serão mortos. A assessoria de imprensa da Prefeitura informou que não existe um tempo médio de permanência desses cachorros no canil, mas reiterou que farão máximo de esforço para doar a maior parte deles. A assessoria ainda destaca que as feiras promovidas pela Uipa têm sido muito bem-sucedidas.

O diretor de Paranapiacaba, Marco Moretto, afirma que o pedido de recolhimento dos animais não está ligado diretamente ao festival. “Já fazemos essa solicitação há algum tempo e por conta do projeto de posse responsável desenvolvido na região os cachorros devem ser levados daqui. Se for antes do festival, é até melhor”, enfatiza.

De acordo com Colombo, essa iniciativa foi solicitada pela subprefeitura da cidade. “É até uma questão de segurança não deixar os animais soltos com tantos turistas na região”, explica.

Chipando – Quinta-feira, uma equipe formada por sete pessoas – entre elas veterinários, agentes de saúde e ambientais e voluntários – batia na porta dos moradores e perguntava se existia algum cachorro na casa. Se a resposta fosse positiva, uma agente local explicava que os veterinários estavam colocando um microchip nos animais e cadastrando os donos. “Eles precisam entender que a posse responsável é muito importante para a região e só o munícipe pode colaborar com isso”, destaca a veterinária do Centro de Controle de Zoonoses, Heberta Colombo.

O próprio dono do animal segurava o focinho e o microchip era implantado no dorso, na região do pescoço. Logo após, os dados do proprietário – nome completo, endereço, RG e telefone – eram coletados e ele assinava um termo que continha os artigos 35 e 36 da lei municipal 8345/2002, sobre a possível autuação em caso de abandono do cachorro, e a numeração do dispositivo.

“Os dados serão colocados em um sistema e assim será possível identificar e devolver os animais aos seus respectivos donos. É importante lembrar que esse dispositivo não serve para localizar o cão”, fala Colombo. O veterinário ainda conta que essa é a terceira etapa do projeto, que começou com a capacitação dos agentes e o censo dos animais domiciliados da cidade. “Tenho a certeza de que esse é um passo importante para solucionarmos o grande problema de desova de animais que existe na região”, comemora Colombo.



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