A pintura em tecidos atraiu um público adolescente e até adultos interessados em colorir panos de cozinha, capas de caderno ou marcadores de livro. Em uma das salas da escola, os pintores se compenetravam no trabalho parecendo estar alheios à música e movimentação intensa por toda a escola. “Primeira vez que faço e estou gostando”, disse a auxiliar de escritório Patrícia Fidêncio Pinto, 18 anos.

Depois de pronto, todos os alunos podiam levar o trabalho para casa. “Vou guardar de recordação.” A amiga de Patrícia, a monitora de crianças Lucimara Bernarda, 17 anos, tampouco tinha experiência no assunto. “Acho interessante porque exige concentração.”

A monitora do curso, Isabel do Carmo Comotti, ressalta que a atividade permite que pessoas de baixa renda tenham acesso à arte. “Geralmente a arte é voltada para quem tem dinheiro, e hoje trabalhamos com quem não tem, o povo gosta”, completa Isabel. A pintura em tecido foi um dos serviços oferecidos pela Escola Municipal Professor Paulo Freire, que tem cursos profissionalizantes de artesanato, costura, cabeleireiro, marcenaria e informática.