Cobertura foi de 56% e11,8 mil ainda precisam ser imunizadas;
Santo André teve menor adesão entre as 6 cidades, com 41%
A campanha nacional de vacinação contra a gripe teve baixa adesão das gestantes do Grande ABC. De 27,1 mil, apenas 15,3 mil procuraram ser imunizadas contra o vírus nos postos de Saúde da região. Santo André teve a menor adesão entre as seis cidades: 41%. Em São Bernardo, Ribeirão Pires e Diadema os índices foram de 52%, 54% e 56%, respectivamente. Rio Grande da Serra não enviou dados.
A região ficou abaixo da média nacional e estadual. Em todo País, 64% das grávidas foram vacinadas. No Estado, foram 67%. Porém, todos os índices ficaram abaixo do mínimo estipulado pelo governo federal, de 80%.
Por recomendação do Ministério da Saúde, as prefeituras de Santo André, São Bernardo e Mauá prorrogaram até quarta-feira a campanha em todas as unidades de Saúde. Mauá foi a cidade que teve maior adesão desse grupo de risco, com 63%.
Para o médico infectologista da Faculdade de Medicina do ABC Hélio Vasconcellos, a gestante ainda sente receio de que efeitos colaterais prejudiquem a gestação. "Existe preconceito. Muitas vacinas e outras medicações não podem ser dadas às gestantes. Quanto menos elas se envolverem com prescrições medicinais, melhor. Mas a vacina da gripe é fator de proteção. Elas podem tomar tranquilamente e não terão efeitos adversos."
Sem a imunização, a gestante fica mais suscetível a apresentar viroses ou, em casos mais extremos, desenvolver quadro de pneumonia. Além das gestantes, a campanha visa proteger idosos com mais de 60 anos, crianças entre 6 meses e menores de 2 anos, indígenas e trabalhadores da área da Saúde. Entre todos os grupos de risco, o Grande ABC registrou 64% de taxa de cobertura.
Até ontem, em todo Estado, foram vacinados 4,5 milhões de paulistas, sendo 3,2 milhões de idosos, 270 mil gestantes e 657 mil crianças.
De acordo com o Ministério, a imunização contra a gripe pode reduzir de 32% a 45% o número de internações hospitalares por pneumonia e de 39% a 75% a mortalidade global. Os grupos prioritários foram escolhidos de acordo com a recomendação da OMS (Organização Mundial da Saúde), que se baseou em estudos epidemiólógicos.
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