O prefeito de Santo André e presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, Paulo Serra (PSDB), pediu ao departamento técnico da entidade a viabilidade de reduzir de 0,17% para 0,10% o volume da receita corrente líquida que municípios destinam para manter o colegiado.

Na visão do tucano, esse corte pode convencer o retorno das cidades que deixaram o grupo: Diadema, São Caetano e Rio Grande da Serra. “Nossa ideia é fazer reunião (com equipe técnica do Consórcio) toda terça e quinta-feira, ao menos neste período de transição, a fim de apresentar no início de fevereiro o novo modelo, após esvaziamento do órgão. Pedi estudo para verificar se viabiliza a fixação de percentual de 0,10%”, declarou Paulo Serra.

O prefeito de São Bernardo, Orlando morando (PSDB), que antecedeu Paulo Serra no comando do Consórcio Intermunicipal, deu início ao enxugamento no valor dos repasses da cidades que participam do colegiado. Quando Morando assumiu, a quantia era de 0,50% e houve diminuição para 0,17%.

Ao assumir o Consórcio, Paulo Serra afirmou que retomaria diálogo com as três cidades dissidentes e que gostaria que elas voltassem a integrar o Consórcio Intermunicipal. Ele teria, nesta semana, diálogo com os prefeitos de Diadema, Lauro Michels (PV), e de Rio Grande, Gabriel Maranhão (sem partido), mas, por incompatibilidade de agenda, os encontros foram transferidos para a próxima semana. Com José Auricchio Júnior (PSDB), de São Caetano, reunião já foi realizada.

Há também a intenção de se modificar o formato do Consórcio. Segundo Paulo Serra, a intenção é ampliar a participação da sociedade civil organizada, dos legislativos, do setor produtivo. “Há também o objetivo de inclusão de desenvolvimento econômico dentro das diretrizes já mencionadas de ações prioritárias às áreas de combate às enchentes, saúde e mobilidade (urbana)”, disse.

Como exemplo desta modificação, o cargo de secretário executivo da entidade não será mais ocupado por meio de indicação do presidente do Consórcio. Serra quer realizar seleção por concurso ou análise curricular para o posto. “Também pedi estudos para o setor de RH (Recursos Humanos). Serão pesquisados os mecanismos de como é feito (esse processo), já que não é concurso formal, e sim uma análise curricular, baseada na capacidade, em experiência na gestão pública. Vamos aguardar para viabilizar essa seleção.”