O executivo sancaetanense Ronaldo Znidarsis, 46 anos, volta ao Brasil e à cidade onde nasceu, depois de 21 anos fora do País, para ser diretor geral de vendas e marketing da Chevrolet.

O brasileiro ficou os últimos quatro anos na Venezuela - foi presidente da General Motors naquele país - e assumiu no dia 1º de julho o cargo na subsidiária brasileira.
Ele tem longa trajetória profissional na montadora. Contratado pela GM do Brasil em 1985 como auditor, logo na sequência foi para Detroit, nos Estados Unidos. Pouco depois, foi transferido para a GM Europa, onde criou um grupo de auditores para avaliar o desempenho das filiais da companhia no sudeste europeu e na América Latina.

Passou pelas filiais da fabricante em Portugal, Itália, Alemanha, Espanha e Suíça, como analista financeiro e fez parte da equipe que negociou com o governo chinês a instalação da primeira fábrica da empresa na China.

Ao término das negociações, transferiu-se para Cingapura, onde a GM tinha seu escritório para toda a região Ásia-Pacífico e, como diretor de projetos especiais e aquisições, foi responsável pela compra de participações acionárias em marcas como Suzuki e Isuzu.

Znidarsis cita que a realidade do mercado automobilístico brasileiro mudou bastante, desde que ele deixou o País. Essa alteração, segundo ele, se deu com a chegada dos modelos flex fuel, que surgiram na década de 1990. Para o executivo, as empresas, em vez de procurarem só melhorar os motores, acharam uma alternativa, que é mais criativa. "Permite uma independência que está servindo de exemplo para o mundo há muito tempo", afirma.

O executivo mostra confiança em relação às perspectivas para a marca Chevrolet no Brasil. "Nossa força é nossa diversificação", avalia, referindo-se ao leque grande de modelos em oferta.

A companhia, depois alcançar recorde histórico em 2009, com 595.536 veículos no mercado nacional, projeta atingir o total de 650 mil unidades em 2010. Nos primeiros sete meses, já registrou 356.919 unidades, alta de 9,32% em relação ao mesmo período de 2008. Foi a única das grandes montadoras a ampliar participação no mercado em 2010, ao saltar de 18,8% para 19%.