Esportes Titulo
Brasil vence os EUA e se salva na Copa das Confederações
Fernão Silveira
Do Diário OnLine
21/06/2003 | 17:50
Compartilhar notícia


Nem tudo está perdido para a Seleção – pelo menos na Copa das Confederações. O Brasil derrotou os Estados Unidos por 1 a 0, neste sábado, no estádio Gerland (Lyon), e manteve vivas as chances de classificação para a semifinal do torneio. Reabilitada da derrota para Camarões na estréia, a Seleção (3 pontos) tem de vencer a Turquia (3) na última rodada para garantir a segunda vaga do Grupo B. A partida decisiva será em Saint Etienne, na segunda-feira, às 16h. Os africanos (6), com a classificação assegurada, encaram os eliminados norte-americanos (0) no mesmo dia e na mesma hora, em Lyon.

A Turquia joga pela vantagem do empate na segunda-feira, pois tem um gol marcado a mais que o Brasil – 2 contra 1. Caso a igualdade no placar prevaleça em Saint Etienne, os europeus avançam à semifinal no saldo de gols e a Seleção volta para casa mais cedo. "Na segunda-feira teremos mais um jogo difícil e teremos de partir com tudo para cima", afirmou Adriano, autor do gol que garantiu a vitória brasileira contra os EUA.

A obrigação da vitória para o renovado grupo da Seleção Brasileira pesou nos momentos iniciais do duelo contra os EUA. O time encontrou dificuldades para fugir da marcação americana no começo e só conseguiu exercer um certo domínio depois que a dupla Alex-Ronaldinho 'entrou' no jogo. Ricardinho, na função de ponta-esquerdo, caiu no mesmo erro que Gil cometeu contra Camarões e sumiu entre os zagueiros adversários. As boas jogadas do ataque brasileiro nasceram graças à movimentação intensa de Ronaldinho e Alex. Adriano também se mexeu bem na tentativa de escapar das defensores americanos.

A primeira boa chance brasileira apareceu logo aos 6 minutos. Adriano recebeu lançamento de Ronaldinho Gaúcho e conseguiu bater rente à trave mesmo após dominar mal. A movimentação renovada do ataque brasileiro deu resultado aos 21. Adriano pressionou o zagueiro Gregg Berhalter na intermediária e roubou a bola, saindo cara a cara com o goleiro. No primeiro chute, o arqueiro Tim Howard ainda defendeu com as pernas, mas Adriano corrigiu no rebote e tocou para o gol aberto.

A vantagem deu tranqüilidade à equipe brasileira, que começou a encontrar mais opções para escapar da forte marcação americana. Aos 34, Ronaldinho desceu bem pela esquerda e enfiou no meio da zaga para Ricardinho. O camisa 10 tocou fraco de pé canhoto e facilitou a defesa de Howard. Cinco minutos mais tarde, Ronaldinho recebeu belo lançamento de Alex na lateral direita e cruzou na área. Ostensivamente puxado pela camisa, Adriano só conseguiu escorar de cabeça e tocou para fora.

O lance de maior polêmica do primeiro tempo foi também o único de destaque para os norte-americanos. Aos 45 minutos, num contra-ataque rápido, Earnie Stewart lançou Clint Mathis, que ganhou de Lúcio na velocidade e cruzou na área. Landon Donovan fechou livre pelo meio e só não finalizou porque foi derrubado na marcação de Kléberson. O árbitro português Lucilo Cardoso mandou o lance seguir, levando à loucura os americanos.

O segundo tempo começou mais franco, com os americanos afrouxando a marcação para apostar nos contragolpes em velocidade. Aos 5, Alex alçou a bola na área em cobrança de falta pela esquerda e Emerson cabeceou no meio da zaga adversária. Howard teve de cair dentro do gol para evitar o 2 a 0. Quatro minutos depois, Kléberson rolou de calcanhar para Alex na entrada da área e o canhoto disparou um balaço de perna direita. Howard fez outra grande defesa.

A partir daí, os americanos se lançaram ao ataque e começaram a dominar o jogo. A Seleção recuou e aceitou o crescimento territorial dos adversários. Aos 15, Donovan recebeu lançamento nas costas da zaga brasileira e bateu cruzado, mas Dida fez uma bela defesa. Nesse contexto de apuros, Parreira promoveu as duas primeiras mudanças na equipe. Belleti (machucado) saiu para a entrada do estreante Maurinho. E Alex, um dos melhores em campo, saiu para a entrada de Gil.

A entrada do corintiano conseguiu manter a bola por mais tempo no campo de defesa dos EUA. Mas poucas oportunidade de gol foram criadas pelo ataque brasileiro com o trio Kléber-Ricardinho-Gil – já chamado por Parreira de "o melhor lado esquerdo do mundo".

A melhor chance saiu aos 30, quando Ronaldinho acertou o ângulo esquerdo em cobrança de falta e Howard voou para fazer a defesa. O técnico brasileiro ainda trocou Adriano por Ilan. O atacante do Atlético Paranaense ainda conseguiu articular uma boa jogada de ataque para Ronaldinho, aos 44. Mas o meia/atacante do Paris Saint-Germain serviu o colega em posição de impedimento. Prevaleceu a vitória magra da Seleção.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;