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Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024

Novo governo e política externa
Do Diário do Grande ABC
21/09/2018 | 10:09
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Artigo

Em razão da maior interdependência entre as nações, número crescente de questões internacionais passou a afetar de forma mais direta a vida das sociedades. Face a essa realidade, concepção estratégica de inserção e relacionamento internacional para os países passou a ser vista como poderoso instrumento para a redução da vulnerabilidade de cada país diante das crises internacionais.

Em mundo globalizado, todos estão inseridos, resta refletir sobre os modos da inserção.

Para o Brasil, que vive crises política, econômica e social, e encontra-se às vésperas da eleição de novo governo, adequada concepção de política externa poderá ter papel marcante no enfrentamento de muitos dos problemas que se colocam como entraves para seu desenvolvimento.

A política externa de um país deve ser compreendida como política pública, que envolve processo de elaboração no qual se processam demandas de variados grupos nacionais de interesse. Ela é legitimamente instrumento de promoção do interesse nacional no meio internacional.

Ela tem a capacidade de integrar e dar inteligibilidade ao conjunto de ações externas, inclusive as empreendidas por atores não estatais, como é o caso das empresas nacionais. Sem a política tem-se série de ações desconectadas, diminuídas em seu potencial estratégico.

O comércio exterior é uma das áreas importantes das relações internacionais de um país. Para o Brasil, a balança comercial é fonte importante de entrada de moeda estrangeira, uma vez que o País costuma obter superavit comercial. Esse saldo positivo de balança comercial contribui para o fechamento do balanço de pagamentos do País, compensando contas frequentemente deficitárias.

Entretanto, o comércio exterior do Brasil é sempre objeto de crítica entre nossos analistas pela modesta participação do País (pouco mais de 1%) no montante do comércio mundial. De fato a Nação pode mais.

O apontamento da falta de novos acordos de comércio e de agenda mais ativa de missões comerciais para prospecção de mercados, planejadas em parceria entre órgãos de governo e representação empresarial setorial, atesta a necessidade de concepção estratégica de inserção internacional do País, ou seja, de política externa. O enfrentamento articulado de problemas como estes poderá contribuir de forma decisiva para que o Brasil se recoloque em rota de crescimento e desenvolvimento, extraindo do relacionamento internacional recursos importantes para a prosperidade nacional.

Arnaldo Francisco Cardoso é professor e pesquisador e atua nas áreas de comércio e relações internacionais.

Palavra do leitor

Pesquisas
Por favor, sem subestimar a inteligência e o respeito da população, até quando – ou até que ponto – esses ‘órgãos’ de pesquisas (televisivas, radiofônicas, escritas etc) irão querer manipular ou induzir a cabeça das pessoas nos resultados das intenções de voto que estão sendo divulgados na mídia em geral? Coloquem vocês uma coisa na cabeça: o povo brasileiro, graças a Deus, está evoluindo cada vez mais em cada eleição. Portanto, transparência, honestidade e dignidade são o que o povo espera dos políticos e dos meios de comunicação. O Brasil agradece.
Sérgio Antônio Ambrósio
Mauá

Socorro!
Quando vejo a propaganda política com todo mundo vestido de vermelho, sangue nos olhos e raiva nas palavras, cuspindo ódio por todos os poros, e o poste prometer (ou ameaçar?) trazer o Brasil de seu mestre e senhor de volta, sinto arrepio na espinha ao pensar no que se converterá nosso amado País! E vocês, eleitores, o que sentem?
Aparecida Dileide Gaziolla
São Caetano

Estará livre
Quando Fernando Haddad foi perguntado se, eleito, daria indulto a Lula, sua resposta foi ‘não’. Mas a pergunta não foi totalmente explorada, pois tratava-se do indulto coletivo. Ocorre que no plano individual existe o Instituto da Graça, previsto no artigo 107, incisso 2, do Código Penal Brasileiro, onde diz que são três os institutos de clemência: a anistia, a graça e o indulto. A ‘graça’ se destina a pessoa determinada e não ao fato. A graça poderá ser provocada por petição do condenado, ou de qualquer pessoa do povo, do conselho penitenciário ou do MP (Ministério Público), ressalvada ao presidente a faculdade de concedê-la. Portanto, se Haddad for eleito poderá conceder a ‘graça’ em ato isolado de poder sem ter que explicar o porquê. É que a graça é ato imotivado por princípio até os dias de hoje, pois não houve interesse de ninguém em reformar essa aberração. Toda armação de Lula reside no esforço de sagrar vencedor seu candidato, pois, assim, o ex-presidente, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, estará livre por meio do Instituto da Graça, e o Brasil cairá em desgraça. Que lei perigosa e sem graça.
Izabel Avallone
Capital

Resposta
Em relação ao questionamento nesta Palavra do Leitor (Desumano, ontem), a Secretaria do Estado da Saúde de São Paulo informa que a paciente Maria da Glória Silva passou por procedimento cirúrgico para retirada de cálculos renais no dia 13 de setembro no Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo, tendo alta no dia seguinte. Ela já tem retornos agendados para setembro e outubro, para acompanhamento pós-operatório.
Secretaria do Estado da Saúde

Tremei!
É impensável imaginar a vitória de petista para presidente da República em outubro próximo. Mas se essa tragédia acontecer, quem realmente governará o País será um presidiário. Quem viver verá!
Maria Elisa Amaral
Capital

Santas casas
O conselho curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) – que na era petista silenciou quando da liberação de bilhões de reais de recursos dos trabalhadores em empréstimos mal direcionados, ou de duvidosa utilização –, neste momento, em que o governo Temer decide emprestar R$ 4 bilhões às santas casas de todo País, reclama porque as taxas que serão cobradas devem cair de 6,5% para 5% ao ano. Ora, é muita hipocrisia, já que os pacientes atendidos pelas santas casas são milhões de trabalhadores e seus familiares, que não têm cobertura de convênio médico! E esses hospitais atendem 50% dos pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) pelo País! E passam por sérias dificuldades financeiras, porque a tabela do SUS está defasada e não cobre os custos dos procedimentos médicos! Ou os curadores do FGTS se lixam para questão humanitária?
Paulo Panossian
São Carlos 




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