Esportes Titulo Impaciente
Biro-Biro critica elenco do Timão e pede chegada de reforços

Ex-meia de 57 anos falou em evento em
São Caetano e lembrou de jogos na região

Por Felipe Simões
Do Diário do Grande ABC
18/12/2016 | 07:00
Compartilhar notícia
Denis Maciel/DGABC


Poucos atletas são tão identificados com um clube para serem imediatamente associados a ele como Antônio José da Silva Filho. O nome pode não parecer familiar ao corintiano, mas basta ver uma foto ou Biro-Biro, seu apelido, que logo vem à mente o pernambucano de Olinda, hoje com 57 anos, de bigode e cachos loiros.

A identificação não é por menos – afinal, foram dez anos defendendo o preto e o branco do clube, entre 1978 e 1988 – período em que o clube conquistou três Paulistas, em 1979, 1982 e 1983, e viveu a Democracia Corintiana, movimento político encabeçado por Sócrates e Casagrande, em que atletas, funcionários e comissão técnica votavam em pautas relacionadas ao clube com peso igual – em plena ditadura militar.

Pela sua história no Corinthians, Biro-Biro pode falar o que pensa – e ele não mediu palavras ao criticar o atual elenco do Timão, que não conseguiu a classificação à Libertadores. Segundo ele, a saída de Tite foi determinante para a queda de rendimento da equipe.
“A saída do Tite pesou porque ele tinha o grupo, mesmo que fraco, na mão. Ele estava conseguindo encaixar as peças. Não era um grande time, mas estava tendo a cara dele, fazendo com que a equipe jogasse. Ele saiu e descambou tudo. O time parece que ficou sem confiança e acabou atrapalhando muito”, afirmou, ao Diário, em evento em São Caetano.

“Outros treinadores chegaram e tentaram acertar, mas demoraram um pouco. Está complicado. O importante é ter tranquilidade para trabalhar ano que vem. O time está muito inseguro, alguns jogadores jogam mais ou menos e a torcida pega no pé”, analisou.
Para melhorar a situação para a próxima temporada, o ex-meia sugere a contratação de reforços para todos os setores, principalmente do meio para a frente, e sugeriu dispensas para dar ar de mudança ao grupo.

“Tem que começar a desfazer (de jogadores), emprestar, trocar, para que mude algo. Estamos precisando de um armador e um jogador tipo o Elias. E um atacante também, um homem de frente que faça gols. Temos dificuldade lá na área. Um zagueiro, alguns laterais, porque o Fagner sai para a Seleção, o Uendel às vezes machuca”, opinou.

Biro-Biro também falou de sua experiência em campos do Grande ABC – ele recorda jogos difíceis contra Ramalhão e Azulão que disputou nos estaduais.

“Joguei contra o Santo André e o São Caetano. Era gostoso, a torcida comparecia. Os times considerados pequenos não têm aquela qualidade que tinham antes. Era difícil ganhar dos caras em casa e fora. Eram bons jogos na época”, lembrou. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;