O ex-prefeito de São Caetano José Auricchio Júnior (PTB) lidera nos dois cenários da sondagem de intenções de voto para a eleição de 2016 à Prefeitura, realizada pelo DGABC Pesquisas e encomendada pelo Diário.

Em contrapartida, a série de problemas administrativos, como restos a pagar de R$ 264,5 milhões e travamento de licitações por grupo de advogados, enfrentadas pelo atual chefe do Palácio da Cerâmica, Paulo Pinheiro (PMDB), influenciou o humor do eleitorado e o colocou na segunda colocação nas duas condições da disputa. Preferência por nome da oposição confirma insatisfação do eleitor com os governos na região.

A primeira hipótese considerada em pesquisa estimulada coloca como candidatos Auricchio, Pinheiro e Jair Meneguelli (PT). A vantagem do petebista é de 16,5 pontos percentuais sobre o peemedebista com o seguinte placar, respectivamente: 38,8%, 22,3%, 6,8%.

Com cenário de sete prefeituráveis colocados, a vantagem do ex-prefeito para o atual é de 16,3 pontos percentuais. Auricchio aparece com 33,8%, seguido de Pinheiro com 17,5% e Gilberto Costa (PEN) tem 8,3%. O vereador Beto Vidoski (PSDB) foi lembrado por 6,3%.

O ranking de rejeição é liderado por Pinheiro com 35,3%, seguido por Auricchio com 21,3% e Gilberto tem 10,8%.

Quando assumiu o Paço, em 2013, Pinheiro teve de contingenciar o Orçamento e engavetar projetos por falta de investimentos decorrente da dívida milionária. Quando ganhou fôlego nas finanças, sofreu com grupo organizado de oposicionistas que bloqueava constantemente suas licitações com questionamentos no TCE (Tribunal de Contas do Estado).

O surgimento da oposição na Câmara, no começo de 2014, encampou discurso de que a administração peemedebista era responsável por desconstruir conquistas das duas gestões de Auricchio.

Depois de patinar para encontrar um articulador político que conseguisse resultados – Moacir Guirão e Antonio de Pádua Tortorello passaram pelo cargo –, desde janeiro, com mudança de secretários, vem ganhando fôlego. Nilson Bonome (PMDB) assumiu a Pasta de Governo e desarticulou o G-12, bloco de 12 parlamentares, que travou série de projetos do Paço.

MAIS LEMBRADO

Marcel Munhoz (PPS) foi destacado por 3,8% como o vereador mais atuante. Vidoski obteve 3,5%. Pio Mielo (PT) e Paulo Bottura (Pros) empataram com 2,5%. A pesquisa ouviu 400 pessoas na segunda-feira e tem margem de erro de cinco pontos percentuais.