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Poder e feminilidade
Por Gabriela Germano
Da TV Press
31/01/2009 | 07:00
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Pulso firme, mas sem um jeitão masculino e nem desleixo na maneira de se vestir. É assim que Maria Ribeiro vai defender a sua policial Marília, na próxima novela da Record, "Poder Paralelo", que substitui "Chamas da Vida". Na história de Lauro César Muniz, a atriz aparece com os cabelos mais dourados que os fios pretos naturais e com um jeito bem feminino, apesar de se mostrar muito corajosa. "Gosto de dar informações desencontradas. O mais comum seria ela usar um rabo-de-cavalo e roupas masculinas. Mas não quis seguir essa linha tão óbvia", explica Maria, que se inspirou em uma delegada da Gávea, bairro onde ela mora no Rio de Janeiro, para compor seu visual. "Ela usa saltão, calça jeans justa e anda super maquiada. É uma gata", conta a atriz.

            Na trama, Marília é uma policial especializada em rastrear computadores para combater mafiosos instalados no Brasil. "É uma hacker do bem", resume a atriz. Por agir mais na parte de inteligência das investigações, a personagem não deve aparecer muitas vezes pegando em armas, o que é um alívio para Maria. "Fiz um dia de aulas para aprender a pegar em armas, mas me dei muito mal. Fico tensa", assume.

            Apesar de não temer os perigos do cotidiano da profissão, a história familiar da personagem é repleta de conflitos e dramas. Seu irmão, interpretado pelo ator Márcio Kieling, será um traficante. E sem pai em casa, tem de segurar toda a barra, já que a mãe não sabe de nada. A situação é ainda mais complicada porque namora o policial federal Théo, de Tuca Andrada, e ele não pode saber dos problemas de seu irmão. "Por isso, não apresenta sua família a ele. Na verdade, Marília não sabe o que fazer para driblar essa situação", adianta Maria. A atriz conta ainda que sua personagem vai passar por momentos complicados em nome da Justiça. "Quando o Théo está prestes a desvendar de uma vez por todas a máfia, a Marília é sequestrada", revela.

            Policiais em novelas da Record estão longe de ser uma novidade. Em "Prova de Amor", exibida pela emissora em 2005, Patrícia França incorporou uma policial com perfil parecido ao de Marília. Maria, no entanto, preferiu não trocar informações com a colega de elenco. "Eu acho que a gente encontra o personagem dentro da gente. O universo dele o autor já nos dá", garante a atriz. Ela não poupa elogios ao autor Lauro César Muniz. "O texto dele é bem sofisticado. Não leio só a minha parte, mas sim a de todos os personagens", valoriza Maria, ao destacar a importância de falar de policiais do bem em uma novela. "A realidade do Brasil nos deixa muito descrentes. Estou adorando fazer uma policial de caráter", confirma.

 No filme "Tropa de Elite", Maria indiretamente mergulhou nesse universo ao interpretar a mulher do protagonista do longa, o Capitão Nascimento, de Wagner Moura. "Mas no filme eu tinha horror a tudo isso, tanto que minha personagem só teria um filho quando o marido saísse do Bope", lembra. Com planos de lançar um documentário dirigido por ela sobre o cineasta Domingos Oliveira ainda neste ano e no elenco de dois longas que estreiam em 2009, a atriz enfatiza que não para de trabalhar. Com formação teatral, Maria não menospreza o trabalho na televisão. "Eu gosto de fazer novela, eu vejo novela. E acho que a Marília é uma das melhores personagens que apareceram para mim na TV", valoriza.

 A nova novela da Record tem estreia prevista para março, no mesmo horário de "Chamas da Vida".




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