Os vereadores reeleitos de Santo André - nove entre os 21- evitaram polemizar sobre a decisão do TCE (Tribubal de Contas do Estado) em reprovar as contas do prefeito Aidan Ravin (PTB) pelo exercício de 2010. A Câmara deve receber o parecer para análise somente em 2013.

O TCE se baseou na Constituição, a qual obriga o município a aplicar, no mínimo, 25% da arrecadação na Educação. Entretanto, Aidan investiu 23,9%. Caso a Câmara siga a decisão da corte, o petebista, com provável destino ao PSDB, será enquadrado na Lei da Ficha Limpa e teria o seu projeto de ingressar na Assembleia Legistiva prejudicado.

No entanto, nenhum dos vereadores sinalizou que votará a favor do posicionamento do tribunal. "Não foi falha da administração, mesmo porque o governo (de João) Avamileno (PT) teve as contas rejeitadas de 2005 a 2008 (e todas aprovadas na Câmara)", afirmou o presidente da Casa, José de Araújo (PMDB).

Os dois vereadores do PT reeleitos (Tiago Nogueira e Montorinho) igualmente optaram pela cautela sobre a decisão do tribubal. "O TCE tem entendimento diferente e às vezes não compreende o investimento na Educação", explicou Montorinho, mencionando o caso da Sabina Escola Parque do Conhecimento, à qual a corte não reconheceu o investimento no projeto como repasse para Educação na avaliação das contas de Avamileno.

Almir Cicote (PSB) não titubeou e sinalizou voto favorável a Aidan para derrubar o veto às contas do prefeito. "Sabemos que a maioria das vezes a decisão do Tribunal de Contas é política e devo votar contra o parecer", disse.