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Em São Caetano, Patrulha Contra a Dengue recebe 25 queixas por dia

Ação lançada em dezembro registra denúncias
de focos do mosquito Aedes aegypti no município

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
14/01/2016 | 07:00
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Divulgação/Fotos Públicas


Os moradores de São Caetano estão atentos para que nenhum deslize atraia o temido mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya. Criada no dia 22 de dezembro para receber denúncias de focos do inseto, a Patrulha Contra a Dengue contabilizou, até sexta-feira, 274 queixas.
Considerando os dias úteis – que foram 11 –, equivale à média de 25 reclamações atendidas por dia. Anteriormente ao lançamento da ação, chegavam ao Civisa (Centro Integrado de Vigilância à Saúde), apenas cinco denúncias diárias. “Superou as nossas expectativas. A gente acreditava que de cinco iriam para dez, no máximo, 15. A população está assustada e, ao denunciar e o nosso pessoal ir atrás, percebeu que a denúncia funciona e conseguimos ajudar”, falou o diretor do Civisa, Caio Williams Castro Júnior.

A cidade viu os casos da doença saltarem de 22, em 2014, para 341 em 2015. Com a patrulha, os agentes de Vigilância em Saúde recebem os chamados dos munícipes de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, por meio do telefone 4231-3938 ou dos e-mails vigilancia@saocaetanodosul.sp.gov.br, ccz@saocaetanodosul.sp.gov.br e epidemiologicascsul@yahoo. com.br.

Do montante registrado nos primeiros dias de atuação, Castro Júnior afirmou que metade dos locais vistoriados é propícia à proliferação do mosquito. “O que mais se vê é caixa-d’água que não está bem coberta, acúmulo de água em calhas, garrafas e vasilhas em terrenos”, disse.

Do total de denúncias recebidas, cerca de 25% são relacionadas a imóveis onde não há moradores. Os que possuem placas de vende-se ou aluga-se, as imobiliárias auxiliam a entrada dos agentes. “Em outras situações, procuramos o proprietário para orientar e, se houver dificuldade e der para entrar no local, entramos e colocamos larvicida.”

Quando há resistência do morador para a vistoria dos agentes, a patrulha conta com o apoio da GCM (Guarda Civil Municipal), que já foi necessária em três casos. “Hoje em dia, com ladrões se passando por carteiro e policial para entrar nas casas, as pessoas ficam com medo, em um primeiro momento. Mas, quando voltamos com a GCM, a pessoa entende do que se trata e não há dificuldade”, comentou.

MULTA

São Caetano é uma das duas cidades que aplicam multa em casos onde não são tomadas providências para a eliminação do foco do mosquito. A ação é permitida por meio do decreto 10.934/15, baseado em código sanitário estadual. Se, ao fim de três tentativas o problema não for solucionado, a punição, que varia de acordo com a gravidade da situação e pode ir de R$ 212 a R$ 212 mil, é aplicada. Por enquanto, ninguém foi autuado.

Em Santo André, a Secretaria de Saúde atua de acordo com o Código Sanitário Municipal de 2002 (Lei 8.345). Em 2014, foram lavrados 16 autos de infração; em 2015, 19. Apenas 5% resultaram em multa. “Em 95% das vistorias realizadas pelas equipes, apenas necessitamos orientar o vistoriado para solução do problema”, declarou a Pasta andreense. O valor da multa varia entre R$ 351 e R$ 3,5 milhões.




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