A reunião do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) na Prefeitura de Mauá, na tarde de sexta-feira, com o CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado), a CEF (Caixa Econômica Federal) e a Secretaria de Habitação de Mauá, não terminou como esperava a coordenadora do movimento Helena Silvestre. "Pensei que teríamos um avanço com a união das três esferas que podem ajudar o acampamento, mas não foi apresentado nenhuma resolução"

A necessidade de uma resolução urgente para os ocupantes de Mauá é devido ao prazo de permanecia de um mês, cedido pelo proprietário de terreno, que vence no próximo dia 4. "Precisamos de uma dilatação desse prazo para continuarmos as negociações. Mas estamos preparados para lutar e resistir. Muita gente do acampamento não tem para onde ir", disse Helena.

De concreto da reunião foi o agendamento de uma nova reunião entre o MTST e o CDHU na próxima terça-feira, em São Paulo. A representante da Companhia Elaine Michely Carozzi solicitou que a coordenação do movimento faça um relatório geral da situação apontando a demanda e as condições das famílias.

O Prefeito Leonel Damo disse que o terreno é particular e que, por isso, a Prefeitura não pode interferir e que não tem recursos para fazer a desapropriação, mas que está colaborando com as negociações. "Tenho esperança que o CDHU se interesse pelo caso. Temos interesse em trazer recursos para a habitação do Município."

O Superintendente Regional ABC da CEF Everaldo Coelho da Silva afirmou que as condições do terreno não colaboraram para as negociações. "O terreno não é plano, possui área de manancial, além de ser propriedade privada. é preciso verificar se esse local é indicado para o movimento."