A reunião de ontem da CPI dos Palhaços, em Santo André, foi adiada por falta de quorum. Coincidência ou não, os desencontros entre os vereadores governistas se deu após forte ofensiva da oposição para evitar o fim precoce das investigações da comissão, instaurada no Legislativo para apurar possíveis irregularidades na contração, sem licitação, da empresa Produz Eventos e Produções Artísticas.

Outra circunstância no meio do caminho ocorreu na quarta-feira quando o Tribunal de Justiça de São Paulo negou o recurso requerido pelo presidente da Câmara, José de Araújo (PMDB), para suspender os trabalhos da comissão, alegando que, a princípio, não vê justificativa legal para conceder liminar. O agravo de instrumento foi rejeitado até o julgamento da apelação. O peemedebista adiantou que não irá recorrer novamente da decisão, mas que não concorda com a deliberação.

O vereador petista Tiago Nogueira foi o único a permanecer durante todo o horário combinado no plenarinho. "Vamos continuar o movimento para criar clima de constrangimento na base (de sustentação do prefeito Aidan Ravin). Só que iremos fazer relatório paralelo para encaminhar ao Ministério Público e Polícia Federal para promover a CPI da CPI."

Negando qualquer problema, o presidente da comissão, Marcos Cortez (PSDB), salientou que o entrave cai por terra com a reunião hoje, às 15h. O tucano justificou que os desencontros incidiram no adiamento do encontro. "O relator (Gilberto do Promaverea - PTB) chegou, mas teve de sair um pouco para uma reunião. Eu também estava atrasado, quando entrei na sala o relator já tinha saído."