Em atuação histórica ontem na Arena Pernambuco, a Costa Rica venceu a Itália por 1 a 0, com gol de Ruiz, e se garantiu nas oitavas de final do Mundial. É o segundo gigante derrubado pelos Ticos – o primeiro foi o Uruguai na estreia, com vitória por 3 a 1 em Fortaleza.

E o feito foi alcançado justamente no Grupo D – considerado o da morte, que, no fim, acabou sendo o cemitério de elefantes no qual acabou sepultada a Inglaterra. Uruguai ou Itália se juntará ao English Team após a derradeira rodada da fase de grupos.

No gramado pernambucano, quem começou se impondo foi a Costa Rica. Logo aos sete minutos, Bolaños jogou na cabeça de Ruiz, que mandou por cima do gol.

 Sem medo, os costa-riquenhos dominavam o duelo – com a bola, conseguiam trocar bons passes e chegar com perigo; sem ela, marcavam forte e impediam os avanços italianos.

Os europeus ameaçaram somente aos 32. Balotelli foi lançado e bateu forte, mas Navas fez boa defesa.

Três minutos depois, a Costa Rica quase marcou. Bolaños arriscou de longe e Buffon se esticou todo para espalmar.

Com 42 minutos, a arbitragem deixou de assinalar pênalti flagrante em Campbell, mas, aos 44, não teve jeito – placar aberto. Díaz cruzou na medida para Ruiz vencer Buffon e enlouquecer a Arena Pernambuco, em parte simpática aos costa-riquenhos.

Na segunda etapa, a Itália voltou melhor. Aos cinco, Darmian soltou a bomba da intermediária e Navas tirou com a ponta dos dedos.

Dois minutos depois, foi a vez de Pirlo ameaçar. Em cobrança de falta, o volante exigiu boa defesa do goleiro.

Prandelli utilizou as suas opções no banco de reservas e lançou time com quatro atacantes, mas a Costa Rica conseguiu suportar a pressão. Sem criatividade no meio, os italianos não ameaçavam Navas.

Quem chegou mesmo foi a Costa Rica. Aos 47, Brenes buscou o ângulo esquerdo de Buffon, mas errou por pouco. Mas ele nem precisava acertar. A história já estava feita e a festa acabara de começar: “Ticos!”