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Idosa morre atropelada por ônibus no Pq. das Nações

Acidente aconteceu no dia do aniversário de 81 anos da vítima

Por Rafael Ribeiro
do Diário do Grande ABC
25/07/2012 | 07:00
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A idosa Severina Pereira Alexandrina, 81 anos, morreu atropelada na tarde de ontem, dia de seu aniversário. Ela foi atingida por um ônibus na Rua Guadalupe, no Parque das Nações, em Santo André. Portadora do Mal de Alzheimer, Severina vinha de almoço comemorativo quando se descontrolou ao atravessar a rua, soltou a mão da filha e voltou para trás.

"Quando entrei na Guadalupe, vi a senhora no meio da rua. Ainda tentei virar o ônibus, pisei no freio, mas não teve como escapar", disse o motorista Carlos Eduardo Betim, 43 anos. O caso foi registrado como homicídio culposo no 2º DP (Utinga) da cidade.

Chocada, a filha não quis dar declarações. Ficou reclusa dentro de um estabelecimento vizinho ao local do acidente e só saiu quando o corpo foi retirado pelos peritos e levado ao IML (Instituto Médico Legal). Ela morava com a mãe em uma rua próxima, no mesmo bairro. Segundo familiares, as duas almoçaram juntas para festejar o aniversário e, à tarde, iriam a um shopping da cidade para comprar o presente de Severina, um vestido que ela tinha escolhido dias antes. "As duas eram muito amigas, próximas, uma cuidava da outra", disse um parente.

Por volta das 13h15, mãe e filha voltavam do almoço. Ela segurava a mão de Severina, mas a idosa se assustou e voltou correndo para o meio da rua. Testemunhas contam que Severina chegou a tropeçar em uma das tartarugas implantadas no asfalto para dividir as pistas. Acabou presa na roda traseira do ônibus da viação Publix, Linha 107 da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), que faz o itinerário entre o Jardim Ester, na Capital, e o Terminal Leste de Santo André. Foi arrastada por cerca de cinco metros até que o veículo parasse totalmente.

"Foi chocante. Quando percebemos já era tarde demais", disse Betim. "Ela atravessou correndo e gritando, parecia que alguém a tinha empurrado, que de fato tinha acontecido alguma coisa antes. A marca mostra que comecei a frear bem antes."

"Todos aqui no bairro conheciam ela. É muito triste o que aconteceu. Uma data que ficará para sempre marcada de forma negativa para a família", disse a aposentada Angélica Menezes, 72, vizinha da vítima. "Não sei como a filha irá superar esse trauma. Quem acompanhava essa união delas entende que o momento é difícil. As pessoas disseram que ela ainda gritou com a dor que sentiu na hora", afirmou.




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