Um dos vereadores mais irreverentes da Câmara de São Bernardo, Matias Fiúza (PT) não conseguiu se reeleger em outubro e agora faz planos no âmbito pessoal. Sua mais nova ambição é ir para o Ceará - nasceu na cidade de Várzea Alegre -, de preferência com seu Fusca vermelho. A trilha sonora da empreitada já está definida. Suas duas aquisições mais recentes: CDs de forró de Frank Aguiar (PTB, vice-prefeito) e da banda alagoana Jumento Desembestado, de pagode brega. Serão 2.400 quilômetros de São Paulo ao Ceará. Se fizer o percurso a 80 km/h, em média, serão 30 horas dentro do carro escutando as músicas dos dois álbuns, que tocarão 15 vezes cada. Pelo lado musical, a missão não será nada fácil. Menos complicado deve ser o retorno de Fiúza ao Legislativo. Ele é o primeiro suplente do PT e, por sua fidelidade em seu primeiro mandato e a boa relação com os companheiros, o grupo governista deve trabalhar para que ele assuma cadeira na próxima legislatura. Mas, por enquanto, nada definido. Só a maré de sorte do parlamentar que não anda das melhores. Numa das últimas sessões, o assoalho do Teatro Cacilda Becker, onde as plenárias estão sendo realizadas, cedeu justamente onde estava a cadeira do petista. Ele quase foi ao chão. Conseguiu se segurar. Quem sabe também não se sustenta por mais um mandato?

Tá estranho

O líder do governo na Câmara de São Caetano, Paulo Bottura (PTB), tem elogiado a atuação do petista Edgar Nóbrega, apesar de estarem em lados opostos da política. O que os une é o vídeo - de 2009, mas divulgado durante o processo eleitoral - em que Edgar aparece em suposta negociação com Tite Campanella (DEM), então secretário do Executivo, para fazer oposição branda. Na conversa são citados valores para que Edgar vença a eleição interna para a presidência do PT e hipotético ‘mensalinho' para manter polêmicas longe do Paço. Bottura é citado como um dos que estariam devendo repasse a Edgar. Posteriormente o petebista disse que havia feito empréstimo pessoal a petista. Tudo certo na investigação feita pela Prefeitura, que absolveu os dois. Mas nos corredores do Legislativo o pessoal tem estranhado tanto afago.

Tá fácil

Por falar no Legislativo são-caetanense, tem vereador que aproveitará o fato de não ter sessão hoje e emendará esse ‘restinho de semana' de folga, voltando ao trabalho parlamentar apenas na segunda-feira.

Desnecessário?

O vereador de Mauá Edimar da Reciclagem (PSDB) tem feito suspense sobre seu voto no segundo turno. Ele foi candidato ao Paço na primeira etapa do pleito e amargou a quinta posição entre os oito prefeituráveis, com 3,7% dos votos válidos. O tucanato foi com Vanessa Damo (PMDB) na fase decisiva. Edimar, por sua vez, tinha conversas adiantadas com Donisete Braga (PT). Mas não se posicionou oficialmente. Agora, sempre que alguém pergunta em quem ele votou no segundo turno, diz que votou 45, que não estava disponível na urna. Por que o suspense, vereador?