Mesmo sem mostrar um futebol empolgante, o Sao Paulo soube aproveitar a fragilidade do adversário e goleou o Atlético-MG por 5 a 1. A estréia sao-paulina no Campeonato Brasileiro, domingo à tarde, alternou momentos de grande euforia da torcida, gritos de olé e outros de pouquíssima emoçao. Quem foi ao Morumbi viu um Sao Paulo ainda um pouco desencontrado. O próprio técnico Paulo César Carpegiani nao se ilude com o placar. "Vamos correr por fora e pensar, em princípio, em classificar entre os oito melhores", afirmou.
Carpegiani lembrou a força de alguns outros concorrentes na competiçao, que ainda foram reforçados com contrataçoes e promete "humildade dentro da grandeza do Sao Paulo". Se a goleada nao é garantia de um futuro promissor, é, pelo menos, uma conquista de confiança, na opiniao do treinador. "Começar com uma vitória é sempre bom", comenta. Carpegiani fez elogios ao adversário, campeao mineiro, mas que, na verdade, pouco fez para merecer uma tarde melhor. "Nao teve jeito, foi o dia do Sao Paulo", reconheceu Dario Pereyra, treinador do Atlético-MG.
Em meio a muitos sao-paulinos sem muito brilho, como o estreante Sandro Hiroshi, que acabou sendo substituído por Raí aos 15 minutos do segundo tempo, França e Souza foram os destaques, cada um com um gol, belas jogadas e assistências. "Com bastante movimentaçao na frente, pudemos confundir os marcadores", explicou França, que abriu o caminho para a goleada. "Fico feliz por contribuir com um bom começo da equipe na competiçao." Souza, bastante acordado, mostrou habilidade e agradou aos torcedores e ao treinador.
A vitória foi tranqüila, definida já no primeiro tempo e com a colaboraçao da confusa defesa mineira. Aos 13 minutos, depois de bonita jogada de Souza, França, pela esquerda, chutou a bola na diagonal. O goleiro Émerson, com um pouco mais de esforço, até poderia ter evitado o gol, mas nao conseguiu. Aos 27 minutos, em novo passe de Souza, Marcelinho, também pela esquerda, cruzou a bola à meia altura e o zagueiro Caçapa fez o gol contra.