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Neomater começa a pagar salários
Por Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
26/02/2010 | 07:00
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Caio Arruda/DGAbC


Os 310 funcionários do Hospital Puer, antiga Neomater, já respiram mais aliviados desde ontem. Depois de 20 dias de atraso, a administração começou a depositar ontem nas contas dos servidores o salário referente a janeiro. Os benefícios de vale-transporte e cesta básica também devem ser regularizados hoje até o fim, segundo a administração do hospital. Trabalhadores do local confirmaram o recebimento dos proventos.

A nova diretoria atesta que os atrasos aconteceram porque a Justiça do Trabalho bloqueou as contas da empresa para garantir pagamento de ações judiciais impetradas por ex-funcionários contra a Neomater. Ontem, em nota oficial, o Puer alertou que já tomou todas as providências para a regularização das contas, mas não informou se houve o desbloqueio dos valores pela Justiça do Trabalho.

Segundo a administração da empresa, ontem a tarde o departamento de Recursos Humanos começou a lançar os depósitos para regularizar os salários dos empregados. Seriam quatro lotes de pagamento que terminariam até a 00h. A empresa afirma que pagou, em dinheiro, o transporte referente a fevereiro e que o novo valor repassado pagará pela locomoção dos empregados durante o próximo mês.

A diretoria comprometeu-se ainda a efetuar normalmente os pagamentos de fevereiro no dia 5 de março.

SUCESSOR - Mesmo com razão social distinta, a Justiça do Trabalho permite que antigos colaboradores da Neomater - que enfrentou sérios problemas financeiros e fechou as portas em outubro do ano passado - exijam que a atual gestão cumpra o pagamento das dívidas.

"Uma nova empresa não descaracteriza as responsabilidades do sucessor. Senão seria muito simples diante da má gestão mudar dirigentes e sócios e se eximir de responsabilidade", explica o especialista em Direito Trabalhista Eli Alves da Silva.

Apesar da possível responsabilidade apontada pelo especialista, a administração do Puer alega que absorveu apenas 30% do antigo quadro de funcionários e se exime da necessidade de cumprimento das contas da ex-maternidade. Os prestadores de serviço do antigo hospital também questionam na Justiça os pagamentos.




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