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Polêmicas serão decididas no 2º semestre em São Bernardo
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
12/07/2009 | 07:05
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Duas polêmicas questões travadas na Câmara de São Bernardo durante as atividades do primeiro semestre serão resolvidas somente a partir de agosto. Segundo o presidente da Casa, Otávio Manente (PPS), a criação de Comissão de Ética e a possibilidade de desconto de um dia de trabalho dos dez vereadores do PSB, PMDB e PSDB por terem se ausentado de sessão "são importantes", mas serão definidas na volta do recesso.

"Vamos deixar os problemas para resolver no semestre que vem. É importante deixar a poeira baixar para tomarmos decisões com mais tranquilidade", afirmou o popular-socialista.

A implementação de um grupo para analisar a conduta dos parlamentares foi aventada depois de uma ríspida discussão entre Admir Ferro (PSDB) e José Ferreira (PT), os quais inclusive trocaram empurrões na plenária do dia 10 de junho.

O projeto de criação da Comissão de Ética no Legislativo são-bernardense está arquivado. A propositura tramitou pela primeira vez na Casa há 15 anos, porém nunca foi levada à frente por desinteresse dos próprios vereadores, que podem sofrer punições severas por falta de decoro.

"Esse debate tem de ser feito para valorizar a Câmara. É de difícil entendimento entre os parlamentares, mas temos de mexer nisso", ressaltou Manente, que pretende reunir os 21 integrantes da Câmara e colocar o assunto em pauta - "em um bate-papo" - antes de formalizar um projeto de mudança no Regimento Interno. "Talvez montemos um comitê da Câmara para estudar a criação do órgão."

A outra questão diz respeito à redução de um dia de trabalho dos vereadores da oposição, valor correspondente a R$ 308. Seria uma punição por terem deixado de comparecer à sessão extraordinária, no dia 20 de maio, em uma manobra para que os trabalhos não fossem iniciados por falta de quorum.

Descontentes com a ordem do dia que, segundo a bancada contrária ao governo de Luiz Marinho (PT), apresentava somente projetos da base aliada, os parlamentares do PSB, PMDB e PSDB retiraram-se do plenário "em protesto".

À época, o tucano Admir Ferro observou que a atitude dos pares é uma tática política, "que faz parte do processo legislativo". A decisão do presidente Otávio Manente de subtrair 1/30 dos vencimentos dos vereadores será difícil, tanto que já antecipa que deverá dividir a responsabilidade com especialistas da Casa.

"Vamos analisar com calma com a assessoria jurídica, que nos passará um posicionamento", frisou Manente.




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