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Caminhos do vinho
Adriana Mompean
Enviada a Mendoza
07/02/2007 | 20:02
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Uma diversidade de oferta turística. Assim pode ser definida a província argentina de Mendoza, uma zona de contrastes distante 1,1 mil quilômetros de Buenos Aires e a 400 km de Santiago, no Chile. Localizada ao pé da majestosa Cordilheira dos Andes e cercada pelo emblemático Pico do Aconcágua, Mendoza tem no enoturismo um de seus principais apelos. A viagem na província é motivada pela apreciação do sabor e aroma dos diversos tipos de vinhos elaborados no local.

Mendoza conta com cerca de 1,2 mil vinícolas e é considerada uma das grandes capitais mundiais do vinho, juntamente com as cidades de Melbourne (Austrália), Bordeaux (França), São Francisco (EUA), Porto (Portugal), Bilbao (Espanha), Cidade do Cabo (África do Sul) e Florença (Itália). A província produz 70% de todo o vinho da Argentina e seus produtos são reconhecidos mundialmente.

Nos Caminhos do Vinho, como se convencionou chamar o roteiro pelas vinícolas de Mendoza, o turista terá a oportunidade de entrar no fascinante universo do deus Baco, conhecer os processos de plantação das uvas, colheita, elaboração, envelhecimento e degustação do vinho. Irá também aprender a decifrar um pouco mais sobre as castas de uvas como malbec, cabernet sauvignon merlot e chardonnay.

Existem mais de 100 vinícolas habilitadas para receber visitantes. Uma das mais tradicionais é a Família Zuccardi, da conhecida linha de vinhos Santa Julia. Fundada em 1950 por Alberto Zuccardi e hoje dirigida por seu filho José Alberto, a vinícola oferece aos visitantes um tour por suas instalações para observar o funcionamento das etapas de elaboração da bebida. Ao final, é possível participar de uma degustação, momento considerado essencial para os amantes do vinho.

Como dizem os enólogos, o ato de provar é um exercício baseado no uso dos sentidos e constitui um dos poucos aspectos em que a tecnologia não pode substituir o desempenho humano. A degustação é considerada uma fase bem prazerosa da viagem, pois nela o turista será orientado por guias especializados a analisar aspectos visuais, olfativos e gustativos da bebida.

Nos Caminhos do Vinho, o visitante não pode deixar de passar pela vinícola Catena Zapata, uma das mais conceituadas da região. O local também oferece tours guiados pelas instalações, bem como explicações técnicas sobre os processos de colheita, maceração e envelhecimento da bebida. Um diferencial do local é a bela arquitetura, que conta com uma torre cônica envidraçada.

Cada uma das vinícolas tem seus encantos e suas particularidades. Quem estiver em Mendoza e arredores também deverá reservar um tempo para conhecer a La Rural, no distrito de Maipú, que abriga um interessante Museu do Vinho, com exposições de acessórios e meios utilizados para a colheita e transporte da uva. Outra boa pedida é a famosa vinícola Chandon.

Ao sair deste roteiro, ainda será possível conviver com o enoturismo por todos os lados da província. Os hotéis e restaurantes possuem suas próprias adegas e oferecem jantares regados com as melhores safras.

Diversas lojas expõem garrafas para a venda, com preços irresistíveis que começam a partir de R$ 8. Além disso, há eventos de degustação por todos os lugares e sempre há uma boa desculpa para apreciar o vinho local. Sem dúvida, os caminhos de Mendoza ajudarão o turista a decifrar um pouco mais sobre o culto pelo vinho.

A repórter viajou a convite do Ministério de Turismo de Mendoza e da LAN Airlines




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