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Montadoras investem na América Latina
Priscila Dal Poggetto
Do Diário do Grande ABC
30/11/2007 | 07:10
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Mesmo com a previsão de que o mercado mundial irá desacelerar em 2008, devido ao peso da crise imobiliária nos EUA, as montadoras de veículos apostam em crescimento das vendas no Mercosul. Somente o Brasil deverá chegar a 2,4 milhões de unidades.

Em visita ao País, Maureen Kempston Darkes presidente das operações da divisão Laam (América Latina, África e Oriente Médio) da General Motors, afirmou quinta-feira que os investimentos no País continuarão. “O Brasil é um País chave para a GM”, comentou.

Fora dos Estados Unidos, o mercado nacional é o segundo mais importante para a montadora – fica atrás somente da China.

Segundo Maureen, o desempenho da Argentina foi “excelente” neste ano e também continuará forte no ano que vem. Opinião compartilhada pelo presidente da Ford Brasil e Mercosul, Marcos de Oliveira. “A indústria argentina deverá fechar o ano com 550 mil veículos vendidos. Projetamos para o ano um total de 600 mil unidades”, avalia Oliveira.

Segundo o presidente da Ford, o Brasil e a Argentina estão mais “blindados” em relação à economia norte-americana. “Tem de ser uma recessão muito grande para conseguir afetar o mercado local”, disse.

Para explorar o bom momento argentino, a Fiat reativou neste ano a fábrica de Córdoba e, segundo o presidente da montadora para a América do Sul, Cledorvino Belini, a meta é produzir 50 mil unidades na planta em 2008.

Thomas Schmall, presidente da Volkswagen do Brasil, afirma que a empresa estuda a abertura de uma nova fábrica na América do Sul. Apesar de não apontar um local, destaca a necessidade de aumentar a participação na Venezuela.

Venezuela - Apesar do otimismo, Marcos de Oliveira acredita que o mercado venezuelano está mais vulnerável a uma crise. “Em 2008, esperamos que a Venezuela comercialize 500 mil unidades.” Ou seja, acompanhará o desempenho previsto para este ano, semelhante ao da Argentina.

Já a executiva da GM destaca o país como um “excelente mercado.” Ao comentar a possível entrada da Venezuela no Mercosul, Maureen é positiva. “Trabalhamos muito bem com a Venezuela e queremos continuar com essas vendas.”




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